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Por Eloisa Galdino – Secretária de Estado da Comunicação Social

NÃO ENTRE SEM PERMISSÃO. PROIBIDA A ENTRADA DE ESTRANHOS. PROIBIDO ACESSO DE PESSOAS NÃO AUTORIZADAS.  FAVOR NÃO INSISTA.

Esse era o teor de algumas placas de sinalização dos ambientes da antiga Secretaria de Comunicação Social do Estado de Sergipe – Secom. Ali, havia ainda um outro artefato intrigante: uma trava digital na porta do chamado Núcleo de Mídia, que atuava no mesmo espaço da Diretoria Administrativa e Financeira -DAF. Um ambiente nada convidativo, talvez pela própria necessidade de esconder a total ausência de fluxos de informação interna, a forte desarticulação, as práticas administrativas precárias, o caos, os gastos sem planejamento, o desperdício de dinheiro público, a desordem.

O cenário encontrado na Secom não foi um privilégio dos novos gestores daquela pasta. Ao contrário, esse foi o quadro geral encontrado nos diversos ambientes administrativos do Estado. Diante daquele cenário, uma constatação: nós chegamos até aqui para produzir mudança. O contato com aquela realidade apenas confirmou que o desafio encarado pelos novos gestores do Estado de Sergipe tem, indubitavelmente, uma dimensão histórica.

E lá se vão quase oito meses desde que encaramos o desafio de assumir a gestão da Comunicação no Governo do Estado. Um desafio de contorno gigantesco, porque é na comunicação das gestões públicas que habita o centro dos fluxos. Ela é o canal que potencializa a ressonância daquilo que se produz em todas as áreas de uma administração pública. Uma batalha ainda maior porque o modelo de gestão da Comunicação adotado por sucessivas administrações estaduais em nada contribuiu para a efetivação de uma política séria, profissional e transparente para a área. Podemos dizer que na comunicação, assim como em quase todas os setores do governo, é possível fazer tabula rasa do passado.

Entendemos que mudança é muito mais que uma palavra, ela é atitude. Aceitamos o desafio de fazer e construir mudança na comunicação social; de soltar sinais de fumaça para anunciar um outro estilo de ser fonte, notícia, anunciante. Retirar da Secretaria de Comunicação a velha imagem de cofre sempre aberto aos interesses do gestor de plantão, mesmo que para isso a população fosse obrigada a engolir uma veiculação insistente de ações que apenas se operavam em ambiente virtual.

Nossa política de comunicação está fundamentada nos valores que movem esse governo. Ela incorpora a ética no trato com o dinheiro público; assume a responsabilidade de encarar a informação como um princípio de direito dos cidadãos; faz do diálogo aberto com os diversos segmentos da mídia a projeção da participação como um valor dessa administração; adota o planejamento como a única ferramenta capaz de nos fornecer régua e compasso para seguirmos firmes em nossos objetivos. Por fim, nossa política de comunicação potencializa a capacidade da Secom de ser um dos principais sujeitos promotores da integração deste governo.  

Mas a Secom faz mais. Ela encara a qualificação dos profissionais de comunicação que atuam no novo governo como uma estratégia permanente. É a partir da qualificação que melhoramos a nossa produção, adotamos os avanços que ocorrem nessa área de conhecimento tão dinâmica. Debatemos Comunicação Pública porque queremos contribuir para que ela se efetive em nossa prática. Para nós, educomunicação é muito mais que uma área nova de pesquisa. Ela é a possibilidade concreta da Secom também trabalhar na promoção da inclusão social através das práticas comunicativas. Pelo caminho da qualificação, passam e passarão esses e outros temas que, na essência, irão melhorar cada vez mais a forma como o novo governo se comunica com a sociedade.

Talvez um dos principais valores dos novos gestores da comunicação em Sergipe seja a transparência. Ela está presente em todas as ações da Secretaria, mas aparece, principalmente, na relação com os nossos colegas de comunicação. Agora, a informação rápida, séria e segura é que pauta a relação do Governo do Estado com a imprensa. Essa relação reflete a nossa meta de ampliar, cada vez mais, o entendimento sobre a linha tênue e íntima que há entre esfera política e esfera de visibilidade pública. Avançar na direção de uma relação entre poder público e imprensa pautada na ética e no respeito mútuo.

Encaramos a comunicação enquanto política pública e isso significa a superação da clássica visão de um órgão de comunicação reprodutor de informações governamentais. É preciso trabalhar a comunicação como um instrumento estimulador de uma relação dialógica do governo com a sociedade. É preciso criar canais pelos quais os cidadãos se sintam e sejam partícipes das ações do Governo de Sergipe.

A Secretaria de Comunicação busca enaltecer o respeito e o direito do cidadão à comunicação. Não como uma comunicação prestada em via de mão única, apenas transmitida ao público, figurado como mero receptor. Mas uma comunicação feita com a co-participação de atores sociais.  Interagindo diretamente com a comunidade, contribui-se com a promoção da igualdade, com a regionalização da comunicação e com o estímulo ao protagonismo social.

Esse é o desafio, essa é a caminhada. Não é fácil, mas decidimos encarar a questão de frente. Em nossas mentes, a clareza de que o sucesso deste projeto significará, pela primeira vez na história deste Estado, uma mudança de atitude que fará surgir uma proposta consolidada de política pública de comunicação para Sergipe, fazendo com que o governo possa atuar como um agente estimulador do desenvolvimento, inovação e modernização da comunicação em nosso Estado.

As placas de sinalização foram substituídas e a trava digital foi desativada. Nada de grandioso, apenas o registro de mais um gesto que simboliza a direção para onde caminha a comunicação de interesse público no Estado de Sergipe.

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