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No final da manhã desta quinta-feira, 14, o governador Marcelo Déda reuniu-se com representantes dos trabalhadores rurais e movimentos sindicais que realizaram o 3º Grito da Terra em Sergipe, coordenados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Sergipe (Fetase) e com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O movimento busca promover o fortalecimento e aperfeiçoamento das políticas públicas voltadas ao meio rural e encaminhou, na última semana, uma pauta de reivindicações que foi respondida ponto a ponto pelo governador e os respectivos secretários e dirigentes de órgãos do Estado.

Além de um encontro com os representantes, realizado na sala de reuniões do seu gabinete, o governador fez questão de falar diretamente aos participantes do movimento que se concentraram na entrada do Palácio dos Despachos. “Quero agradecer esta visita dizendo que é um orgulho para este Governo receber pela terceira vez os trabalhadores rurais no dia do ‘Grito da Terra’ aqui em Sergipe”, afirmou o governador, ao lembrar que no primeiro ano os trabalhadores foram recebidos por seus secretários, já que se encontrava em viagem.

“Este ano, eu preparei uma reunião, com todos os secretários das respectivas pastas, para responder totalmente às demandas apresentadas na pauta de reivindicação que nos foi encaminhada. Expliquei aos representantes que nem todas as solicitações poderão ser atendidas pelo fato de estarmos vivenciando uma situação delicada, do ponto de vista financeiro, o que nos obriga a executar um rigoroso programa de contingenciamento. Mas também fiquei feliz em anunciar que diversas iniciativas já estão em estudo e de ouvir o reconhecimento pelo que já avançamos em nosso Governo”, anunciou o governador.

A pauta apresentada continha reivindicações relativas à necessidade de criação de uma secretaria específica para tratar da agricultura familiar, onde foi explicado que esta é uma demanda que não poderá ser atendida agora, diante da situação financeira, mas que está em análise e que todos os esforços estão sendo envidados para aperfeiçoar ainda mais o atendimento oferecido aos agricultores familiares.

“Quando chegamos ao Governo, em 2007, 14 mil famílias recebiam assistência técnica da Emdagro. Hoje, já são 40 mil famílias assistidas pelos técnicos da empresa que, com exceção do efetivo empregado em defesa sanitária (cerca de 10%), tem todos os demais profissionais dedicados aos agricultores familiares. E os resultados que estamos vendo devem-se, sobretudo, aos investimentos que estamos fazendo na empresa com aquisição de equipamentos, veículos e capacitação”, detalhou o governador.

Evolução

Déda também apresentou os dados relativos à evolução da agricultura familiar, a exemplo do avanço da 7ª para a 5ª posição na produção de leite entre os nove estados nordestinos, a conquista da posição de 2º maior produtor de milho do Nordeste sendo o detentor do menor território, além da implantação do programa Mão Amiga, que oferece uma bolsa de R$ 190 para os trabalhadores da laranja e da cana-de-açúcar durante suas respectivas entressafras.

“No nosso Governo, também conseguimos obter um dado histórico segundo o Censo do IBGE em 2009, quando o milho, produto tradicionalmente ligado à agricultura familiar, suplantou a cana-de-açúcar, que sempre esteve ligada ao grande capital, no valor agregado ao Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Essa é a demonstração prática de que estamos evoluindo na distribuição da riqueza e caminhando a passos largos para melhorar a performance da agricultura”, exemplificou o governador, ao apresentar os dados estatísticos (também do IBGE) que comprovam que Sergipe obteve a segunda colocação no Nordeste na retirada de famílias da situação de pobreza extrema, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (RN), neste período.

A Fetase também incluiu na pauta reivindicações relativas à necessidade de georreferenciamento dos imóveis rurais, políticas para juventude e mulheres no campo, dentre outras iniciativas. O governador explicou que os secretários receberam sua determinação pessoal para consolidarem, num prazo de 15 dias, as respostas efetivas para todas as demandas apresentadas que, segundo o exposto na reunião, já estão em sua maioria encaminhadas.

“Além de expor aqui as respostas, a presidente da Fetase receberá por escrito todas as respostas aos pontos ali colocados. Vamos dizer o que estamos fazendo, o que não poderemos fazer, quais as soluções intermediárias e a nossa determinação para que os secretários também se empenhem pessoalmente nessas questões. Essa é minha obrigação, como governador, em dar resposta às demandas apresentadas pelo respeito que tenho pelo movimento dos trabalhadores rurais, o qual acompanho desde o final da década de 1970”, declarou o governador, dirigindo-se à presidente da Fetase, Maria Lúcia Moura.

Encontro produtivo

Para a presidente da Fetase, este foi um encontro que consolidou o êxito do evento realizado pelos trabalhadores rurais sergipanos. “Pela receptividade e atenção que o governador deu à nossa pauta, consideramos este um encontro muito produtivo. A partir do momento que o governador sinaliza que nossas reivindicações já estão em andamento e que também poderemos contar com o apoio do Governo na busca de alternativas para o que não pode ser realizado agora, percebemos o empenho dessa administração para solucionar as questões do campo. Este é um marco nas relações entre o Governo e o movimento dos trabalhadores rurais em Sergipe”, argumentou Maria Lúcia Moura.

Referência no Nordeste

Já o secretário de Finanças e Administração da Contag, que também participou do evento em Sergipe, Aristides Santos, o compromisso e o empenho pessoal do governador nas questões apresentadas pelos trabalhadores é uma referência para os demais governantes nordestinos. “Eu já participei de seis ‘Gritos da Terra’ realizados em estados nordestinos e posso dizer que este foi um dos melhores. A receptividade do governador, o interesse dele pela pauta, o conhecimento da realidade do campo, o desejo de ajudar a evoluir e o respeito pelo movimento dos trabalhadores, representam uma conquista histórica para o movimento dos trabalhadores rurais”, disse o representante da Contag.

“O governador demonstrou uma dedicação e uma presteza na abordagem da pauta apresentada que eu não vi em outros estados. Posso dizer que esta foi uma das melhores reuniões entre uma federação, com a Contag participando, com o chefe do executivo participando. O Governo está de parabéns, pois tem avançado, mais muito ainda pode fazer. Ouvindo os trabalhadores, os sindicatos e a Contag, como vimos hoje, com certeza ele será ajudado e, cada vez mais, o Estado de Sergipe vai bater recordes nas avaliações do IBGE, nos números da economia e na produtividade agrícola”, avaliou Aristides Santos.

Participação

Participaram do encontro a primeira-dama do Estado e secretária da inclusão, Assistência e Desenvolvimento social, Eliane Aquino, o vice-governador Jackson Barreto, o deputado federal Heleno Silva, os secretários de Estado da Casa Civil, Jorge Alberto; Agricultura, José Sobral; Planejamento e Gestão, Oliveira Júnior; de Articulação e Relações Institucionais, Francisco dos Santos; de Políticas para Mulheres, Maria Teles; o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano; o presidente da Pronese, Manoel Hora; dentre outros representantes de órgãos governamentais e entidades sindicais.

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