Déda inaugura Centro de Atendimento à Mulher voltado a nove municípios sergipanos
Depois do território Centro Sul, o Leste sergipano também ganhou seu Centro Regionalizado de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Cream). Batizada com o nome de ‘Maria Célia de Santana Magalhães’, a unidade situada no município de Carmópolis foi inaugurada na tarde desta quinta, 24, pelo governador Marcelo Déda, com a presença da Diretora de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Política para Mulheres da Presidência da República, Karina Morelli, da prefeita do município, Esmeralda Cruz, e da secretária estadual de Políticas para Mulheres, Maria Teles.
O novo Cream vai atender à população dos nove municípios que integram o território do Leste sergipano: Carmópolis, Japaratuba, Pirambu, Capela, General Maynard, Rosário do Catete, Divina Pastora, Siriri e Santa Rosa de Lima.
“O Centro representa mais um passo dado pelo governo do Estado, em parceria com as prefeituras municipais e com o governo Federal para consolidar uma política de proteção às mulheres. É mais uma ação do governo, mais uma ação das prefeituras que estão neste consórcio e do governo da República para que nós possamos construir uma sociedade de paz, que valorize as mulheres, que combata a violência e que ofereça, através de centros como este, um local com apoio técnico, psicológico, jurídico e de assistência social. É fundamental que esses centros existam para dar suporte à política do governo de proteção à mulher”, destacou o governador.
Iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM), o Centro foi implantado graças a uma parceria firmada ente os governos federal e estadual e um consórcio entre as prefeituras municipais. O investimento foi de R$ 75.715,00 (aluguel, equipamentos e um veículo para execução de suas atividades) em recursos federais.
De acordo com a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Maria Teles, a casa é um espaço que se abre para garantir e encorajar a mulher na luta e no enfrentamento à violência da qual é vítima e faz parte da estratégia do governo para a descentralização desse serviço, ao fortalecer as redes de atendimento regionais. “O enfrentamento não se dá apenas por uma ida da mulher à delegacia, e sim, por uma conjunção de fatores que fazem com que a mulher receba a condição de assistência em seu benefício. Carmópolis está sediando, mas todos os nove municípios poderão fazer uso de uma assistência multidisciplinar. Aqui, a mulher será orientada do ponto de vista psicológico, jurídico e assistencial”.
A secretária lembrou ainda da necessidade do cuidado às mulheres nessa situação. Por esse motivo, a equipe que trabalhará no Centro é predominantemente feminina. “A mulher que recebe violência terá uma ajuda psicológica e orientação jurídica. O Centro também fortalecerá a rede, uma vez que os dados do Creas, do boletim de ocorrência e da notificação compulsório da rede hospitalar serão computados para mostrar o nível de violência real em Sergipe e no Brasil. Há uma série de políticas que, gradativamente, vêm se fortalecendo, inclusive para chegar até a mulher rural, que se encontra isolada e conta com pouca informação. Nosso trabalho é articulado com todos os setores do governo”, explicou Maria Teles.
Rede estadual
A implantação do Centro objetiva promover a criação e a estruturação de equipamento público para atendimento à Mulher em situação de vulnerabilidade, garantindo o atendimento social, psicológico e jurídico, orientação e informação às mulheres em situação de violência na perspectiva de fortalecer a autoestima e a construção da cidadania dessas mulheres.
Marcelo Déda destacou que a expectativa é que o centro contribua para reduzir os indicadores da violência no estado e se transforme em uma referência para que as pessoas possam entender que não se pode mais conviver com a violência praticada contra a mulher na sociedade sergipana. “A violência contra as mulheres, em especial por maridos, pais ou parentes, dentro da própria casa, é um elemento desagregador da família, que destrói psicologicamente as mulheres vítimas. Nós precisamos fortalecer o sistema legal para que persiga e ponha na cadeia quem anda batendo na mulher, quem anda usando uma visão atrasada e machista para oprimir, humilhar e agredir as mulheres; e também para que todos nós possamos aprender a conviver com mais respeito, valorizando e respeitando a mulher”.
Para o governador, o ato inaugural desta quinta-feira representa a luta contínua contra a discriminação e um passo a mais no caminho para se criar uma sociedade mais pacífica e igualitária, onde cidadãos e cidadãs possam ter seus direitos garantidos e uma convivência saudável.
“O verdadeiro homem tem o respeito da mulher porque sabe respeitá-la. Queremos estimular uma cultura da paz, do entendimento nos lares e na sociedade. Esse é nosso esforço: dar suporte a quem sofre a violência, apoio a quem foi vítima, mas também criar uma nova cultura, um novo paradigma de relação entre homens e mulheres. Nós tivemos o apoio da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, e através da parceria com os municípios e com o consórcio criado foi possível a viabilização desse projeto. Assim, temos o apoio da ministra e da presidenta Dilma, em replicar essa parceria nos demais territórios de Sergipe, de modo que até o fim da nossa administração, teremos uma rede de proteção à mulher implantada no estado de Sergipe”, revelou Marcelo Déda.
Parceria
A concretização do Cream que atenderá o território Leste sergipano, fruto da parceria entre o governo do Estado, governo Federal e das prefeituras dos noves municípios que contarão com os serviços do centro, evidencia a necessidade da união dos órgãos e entidades públicas no combate à esse grave problema social que enfraquece a sociedade ao diminuir e fragilizar suas mulheres.
A prefeita de Carmópolis, Esmeralda Cruz, acredita que essas parcerias são fundamentais, porque demonstram o compromisso das entidades governamentais com os cidadãos. “Essas parcerias são importantes, pois ninguém administra sozinho. Por isso a necessidade constante dessa sintonia entre governos federal, estadual e municipal, como tem dado certo aqui em Carmopolís”, declarou a prefeita.
O Brasil está em 7º lugar no ranking mundial de violência contra mulher. Karina Morelli, diretora nacional de enfrentamento à Violência contra Mulher, que na solenidade representou a ministra Eleonora Menicucci, explica que há muitos desafios a serem enfrentados para que o país mude esta realidade. “Mudar a forma como a sociedade se comporta, fazer com que uma sociedade deixe de ser machista e passe a respeitar os direitos das mulheres não é algo simples, nem rápido, mas a gente está vendo uma grande mobilização, representado aqui, em Sergipe, pela inauguração desse Centro que é uma grande parceria dos governos estadual, federal e municipal”.
A diretora parabenizou a região e seus governantes pelo Cream de Carmópolis, que representa uma conquista para a população e mulheres sergipanas. “Aqui no estado vocês têm o privilégio de ter um governador que valoriza tanto essa política que transformou uma coordenadoria em uma secretaria. Acredito que esta é uma forma de demonstrar o valor que a mulher tem para o governo sergipano e a gente espera que essa política venha a crescer aqui no estado”, concluiu Karina Morelli.
Outras unidades
No modelo de parceria e consórcio com as prefeituras, Sergipe já conta com o Centro Regionalizado de Atendimento à Mulher em Situação de Violência do território Centro Sul, em Tobias Barreto, inaugurado em 2011.
Por meio da SEPM, o Governo de Sergipe está articulando a instalação de novos centros nos demais territórios do estado. O centro do Território Sul deverá ser instalado em Estância; do Território do Alto Sertão em Poço Redondo; do Território do Baixo São Francisco em Propriá e do Território do Agreste Central em Itabaiana.
A Barra dos Coqueiros possui o ‘Centro Neuzice Barreto’ que funciona com recursos do município.
Presenças
A solenidade contou também com a presença do vice-governador Jackson Barreto; dos secretários de Estado da Casa Civil, Jorge Alberto; da Comunicação Social, Carlos Cauê; da Cultura, Eloísa Galdino, e da Articulação Política e Relações Institucionais, Fernando Noronha.
Como também do subsecretário estadual de Articulação com os Movimentos Sociais e Sindicais, João Francisco dos Santos; os secretários adjuntos da Casa Civil, Marcelo Barbosa e da Comunicação Social, Sales Neto; além da homenageada, Maria Célia, e diversos líderes e representantes políticos da região.
Homenageada
Maria Célia de Santana Magalhães nasceu no Povoado Aguada, em Carmópolis, no dia 27/11/1945. Foi professora na Escola Rural de Aguada, até casar-se em 1969 com Manoel Joventino Magalhães. Foi primeira-dama do município de 1973 a 1976, época em que se dedicou a projetos sociais. Em 1985 enviúva e passa a se dedicar aos quatro filhos: Joaquina, Alexandre, Patrícia e Armando.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Déda inaugura Centro de Atendimento à Mulher voltado a nove municípios sergipanos –