Déda faz reflexões sobre manifestações populares no Brasil
O governador Marcelo Déda usou sua página no Twitter, no início da noite desta sexta-feira, 21, para fazer algumas observações a respeito da onda de manifestações que se espalharam pelo Brasil nas últimas semanas. Déda também aproveitou o microblog para elogiar o sucesso da grande passeata que ocorreu em Aracaju na quinta-feira, 20, que transcorreu de forma ordeira, e demonstrou gratidão aos amigos que torceram e oraram por ele. “Estou bem melhor! Venceremos!”, escreveu. Déda continua em tratamento de saúde em São Paulo na sua luta contra o câncer de estômago.
Déda parabenizou, primeiramente, os manifestantes aracajuanos que, para ele, deram um exemplo de democracia ao país. “Manifestação pacífica, sem vandalismo. Democracia sergipana forte”. Depois se reportou ao vice-governador Jackson Barreto, que está em Exercício no Governo, e à cúpula da Segurança Pública, que garantiu a segurança dos milhares de manifestantes. “Meus parabéns ao vice-governador Jackson Barreto, à SSP e à PM, PC, CBM. Conduta foi vital para a tranquilidade da manifestação”, disse Déda.
Ainda na continuação de suas postagens, Déda fez questão de fazer análises sobre o que se passa no país com as séries de protestos. “Algumas reflexões de um político no estaleiro. Às ruas competem protestar, manifestar-se, sem seguir este ou aquele modelo prét-à-porter. Aos políticos compete ouvir, olhar, analisar, refletir e agir com competência, agenda e atitudes, de modo a retomar o diálogo com as massas”, afirmou.
“O conformismo dirá que isso passa: erro”, escreveu Déda, ao afirmar que “não é a massa que vai se adaptar a esse modelo político caquético. Políticos que devem adaptar-se. A ferramenta da análise será sempre a política. Basta de sociologuês! A academia tem todo o tempo do mundo, nós não”.
O governador mostrou-se preocupado com os atos de badernas. “Vandalismo é inconciliável com a democracia. Compete à sociedade isolá-lo e ao Estado puni-lo”, recomenda, ao alertar, em seguida: “Cuidado imprensa, TV Globo, etc., não se dança valsa na cratera do Etna. Não dá para prever que caminho tomará a lava. Alguma coisa está fora de ordem ou alguma ordem está fora da Coisa. (D’après CV)”.
Ao final da postagem, Déda citou ainda que “há tempos, Chico Buarque, o Grande, detectou a morte da canção”. “Estamos vendo movimentos sem agenda, líderes, som, discurso. E aí Academia: estamos vendo a morte da retórica, nascida com a polis grega; jóia da democracia ateniense e ferramenta da república romana? Incorporada à democracia ocidental, tem sido ferramenta indispensável à democracia representativa. E aí? A democracia cabe em 140 toques?”, questiona o governador que se despede das suas reflexões com um ‘tchau e benção’.
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