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“A nação brasileira quer crescer, mas não quer crescer num modelo onde a nação é rica e o povo é pobre. O Brasil conheceu o limiar da igualdade e quer persistir buscando oferecer igualdade de oportunidades a todos os seus filhos como referência básica e preliminar para o progresso”. A afirmação fez parte do discurso do governador Marcelo Déda, ao abrir oficialmente o Fórum ‘Cenários da Economia Brasileira’, ocorrido na tarde desta terça, 4, no CIC, em meio às comemorações alusivas ao centenário do ex-governador Augusto Franco.

Organizado pelo Instituto Augusto Franco, o evento contou com palestras do governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos; e dos renomados economistas José Pastore e Pablo Rabello de Castro. Mas coube ao governador do Estado a oportunidade de saudar as personalidades presentes, enaltecer o legado do homenageado e traçar um breve panorama da economia brasileira, introduzindo a temática das palestras que estavam por vir.

Nesse sentido, Déda lembrou que, com a estabilização econômica, ainda no governo FHC, o Brasil deu um passo consistente no sentido de se preparar para os desafios do século XXI. “E não há dúvida que os oito anos do presidente Lula e os últimos dois anos da presidenta Dilma viabilizaram uma década de ouro para esta nação, porque se promoveu um modelo de desenvolvimento com inclusão social, se quebrou alguns paradigmas, se viabilizou o surgimento de um importante mercado de consumo a partir da elevação da renda do trabalho e também da abertura do espaço da cidadania e do consumo para milhões de brasileiros que se encontravam excluídos”, colocou.

O governador observou que a nova classe média brasileira já equivale à totalidade da população Argentina, dando um perfil completamente renovado à sociedade. “Não há dúvida que o Nordeste brasileiro, o que inclui Sergipe, experimentou um momento extraordinário, deixando de ser prioridade retórica para ser prioridade objetiva das ações do governo. Os investimentos estruturantes iniciados pelo presidente Lula, da Transnordestina à duplicação da BR-101, criaram condições para deflagrar um processo de desenvolvimento que fez com que o Nordeste crescesse a taxas chinesas, acima daquelas experimentadas pelo próprio Brasil”, disse.

Ao salientar que ainda são grandes os desafios, já que o Nordeste tem mais de 25% da população brasileira, mas apenas 13% do PIB, Déda defendeu uma reforma tributária “que seja a grande mesa onde o Brasil repactuará a Federação, viabilizando um novo patamar, menos oneroso para a produção, e mais justo para os estados federados. É uma tarefa urgente e indeclinável do Congresso Nacional e das lideranças políticas deste país”.

Ainda segundo o governador de Sergipe, a busca do desenvolvimento com inclusão social consiste num elemento indispensável. “Tenho plena convicção de que vivemos num grande país. Tenho convicção de que o Nordeste é outro. Não é mais um problema, é hoje uma das parcelas da equação que resolverá o problema da desigualdade regional, da pobreza e do subdesenvolvimento do Brasil”, concluiu.

Augusto Franco

Antes de adentrar na temática do Fórum, Déda ressaltou a exitosa trajetória política e empresarial do ex-governador Augusto Franco. “A presença do Dr. Augusto Franco na história de Sergipe é fato indiscutível. A partir da sua vocação empresarial, de seu espírito empreendedor, da sua visão estratégica, o Dr. Augusto Franco consolidou um grupo econômico que se transformou numa referência de investimento privado e um dos mais importantes grupos econômicos da região nordestina”.

Conforme o chefe do executivo estadual, o ex-governador Augusto Franco caracterizou-se pela compreensão da prioridade de enfrentar problemas de infraestrutura sem os quais o desenvolvimento de Sergipe não seria possível sequer a longo prazo. “A sua presença marca a consolidação da política habitacional que ao longo de uma década depois do seu governo, estruturou a urbanização da grande Aracaju”, observou o governador.

Segundo ele, ao dirigir o Estado entre os anos de 1979 e 1982, o Dr. Augusto Franco teve a capacidade de “interferir no momento político adequado e a visão de oportunidade para produzir a sinergia necessária entre os interesses de Sergipe e os grandes investimentos que naquele momento o governo Geisel realizava no Brasil, e possibilitou que Sergipe se transformasse em foco de novos investimentos estatais, vitais para a consolidação da economia sergipana atual”.

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-SE), o planejamento da chegada da Petromisa (Petrobrás Mineração), os primeiros investimentos para a preparação do Porto de Sergipe, além da Adutora do São Francisco, foram realizações do então governador Augusto Franco lembradas por Déda.

Palestras e livro

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falou sobre o Cenário Econômico do Nordeste. “Para o Nordeste seguir crescendo e reduzindo as desigualdades que ainda marcam a cena brasileira, é fundamental que cresça mais que o brasil. Crescer acelerado significa investir em infraestrutura, significa distribuir renda para formar mercado interno, mas é fundamental o investimento em Educação, em capacitação, para que esse crescimento sirva aos nordestinos, para que as vagas de empregos gerados ou de oportunidades de empreender fiquem para nossa gente. Esse é o desafio”, salientou.

Dando seguimento ao evento, o professor Jose Pastore, Ph.D em sociologia, abordou o tema ‘Modernização das Relações Trabalhistas’, enquanto o professor Pablo Rabello de Castro, Doutor em Economia, ( MA e Ph.D) pela Universidade de Chicago, fez palestra sob a temática ‘Brasil 2012-2013: Como o Cenário Adverso Pode Operar a Nosso Favor’.

Ao encerrar o Fórum, o ex-governador e ex-senador Albano Franco, filho do homenageado, agradeceu aos palestrantes – destacando a prontidão do governador ao aceitar seu convite para abrir o Fórum – e enfatizou o aprendizado obtido no convívio com seu pai. “Meu pai foi uma pessoa que deixou tudo em favor de Sergipe e como governador deu um exemplo de trabalho, sempre investindo, gerando emprego e renda, demonstrando compromissado com o social”, afirmou.

Terminado o evento, o professor e economista Marcos Melo, Secretário do Planejamento no governo de Augusto Franco, ainda lançou o livro: O Legado Desenvolvimentista do Governo Augusto Franco.

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