Cultura sergipana perde Luiz Carlos Reis
“Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça”. Esta frase, atribuída a um dos maiores gênios da humanidade, Leonardo da Vinci, aplica-se perfeitamente à trajetória do ator, diretor e produtor teatral Luiz Carlos Reis, falecido nesta madrugada após uma longa e sofrida batalha pela vida. O teatro sergipano está de luto. Apagou-se uma luz na nossa ribalta.
Nascido no município sergipano de Itabaianinha, Reis morou por alguns anos em São Paulo, e dedicou sua vida às artes cênicas, realizando ao longo de sua vida inúmeros projetos, além de ter conquistado diversos prêmios. Atuou em montagens sergipanas como “Esperando Godot”, “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”, “A Ordinária de Deus” entre muitas outras, além de ter dirigido peças de teatro como “Os Corumbas” e “Ai, Carmela”. Reis foi também presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de Sergipe (Sated/SE), do qual teve que se afastar por problemas de saúde.
A secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, registra o sentimento pela perda desse grande nome do teatro sergipano. “Mesmo afastada, recebi com grande pesar essa triste notícia. Luiz Carlos Reis era um dos mais consagrados atores sergipanos, tinha um talento inenarrável que conquistou não só os sergipanos, como também diretores e atores de outras partes do país. Ficará para sempre em nossa memória o grande trabalho desempenhado por este que foi um dos maiores nomes que o cenário sergipano já teve”, disse a secretária.
Além da sua vasta atuação em peças teatrais, Reis fez parte do elenco de duas grandes obras cinematográficas de alcance nacional, “Orquestra dos Meninos” e “O Senhor do Labirinto”. No início do mês de novembro, o Governo do Estado, através da Secult, viabilizou a vinda do diretor do longa, Geraldo Motta, para apresentar especialmente para Reis o filme do qual ele fez parte, recentemente premiado no Festival do Rio.
Segundo o secretário adjunto de Estado da Cultura, Marcelo Rangel, Luiz Carlos Reis respirava e transpirava teatro. “Convivemos durante algumas temporadas, quando conheci de perto sua garra invejável na batalha de produzir teatro em Sergipe. Formou atores, atrizes e plateias, não apenas nas produções que atuou, produziu e dirigiu, mas sobretudo com seu trabalho junto a escolas. A cultura sergipana está de luto pela partida deste grande ator, um operário do teatro, que fazia de sua profissão uma fé”, lamentou.
Mesmo afastada, a secretária orientou a equipe da Secult a prestar as últimas homenagens a Luiz Carlos Reis, oferecendo o foyer do Teatro Tobias Barreto para o velório deste que estará sempre na lembrança daqueles que trabalham pelas artes cênicas em Sergipe como um talento que abrilhantou palcos e telas.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Cultura sergipana perde Luiz Carlos Reis – Foto: Portal Infonet