Cultura e tradição presentes nos festejos juninos de Sergipe
Desde o dia 1º de junho, sergipanos e turistas têm acesso a uma grande diversidade cultural. Dentro da programação dos festejos juninos promovidos pelo Governo do Estado, o ‘Sergipe, Forró e Paixão’, a tradição e as raízes da cultura sergipana também têm espaço cativo e posição de destaque, tornando a identidade cultural do Estado acessível a todos.
O Laiô da Tartaruga, de Pirambu, o Samba de Pareia, da Mussuca, a banda de pífanos Nossa Senhora da Conceição, do Povoado Queimada Nova, em Muribeca, o Barco de Fogo, de Estância, diversas quadrilhas juninas, um leque de opções que estão disponíveis diariamente no Arraiá do Povo. Em um único lugar da capital, a Orla de Atalaia, é possível conhecer diversas facetas da cultura sergipana. Durante todas as noites do mês de junho, até o dia 29, o Arraiá do Povo continuará sendo palco destas manifestações genuinamente sergipanas.
A missão da atual política cultural do Estado, de fazer a cultura circular em grandes centros, como Aracaju, tem tido boa receptividade pela população. A grande e animada participação do público durante a apresentação do grupo Samba de Pareia, do povoado Mussuca, no último sábado, 10, mostrou isso. Ao entoar os versos das cantigas, Dona Nadir, líder e puxadora do grupo, tinha as respostas na batida forte do sapateado do samba e no público, que entrou na roda para sambar em pareia, ou seja, em par, com as integrantes do grupo folclórico.
Reconhecimento popular
Segundo Reuel Leite, sergipano e músico, a participação dos espectadores se deve à identificação que cada um possui com suas raízes, representada, na apresentação, por um grupo remanescente de um povoado quilombola, berço de uma das mais ricas manifestações da história dos escravos sergipanos. "Cada um que está aqui se deixa levar pelos compassos do sapateado por ter no próprio sangue essa arte que eles estão apresentando. Isto é nossa ancestralidade", disse Reuel.
A participação não ficou restrita apenas aos sergipanos. O casal de turistas baianos, Tânia Dias e João Bosco, demonstrou muito encantamento ao se deparar com a banda de pífanos Nossa Senhora da Conceição, do povoado Queimada Nova, em Muribeca, que durante toda a noite fez cortejos pelos arredores do Arraiá. "É a terceira vez que estamos em Aracaju nessa época de São João e é a primeira vez que estamos tendo contado com verdadeira cultura sergipana. Desta vez, a cultura está vindo até nós, e não nós a ela. Isto é muito enriquecedor e percebe-se que é fruto de um bom trabalho do Governo. Esta festa é democrática", disse Tânia Dias.
Por uma cultura viva
Mas não é só o público que sai ganhando nessa troca de experiências e no contato com as manifestações folclóricas. Segundo o secretário adjunto de Cultura, Marcelo Rangel, dar oportunidade a pessoas simples, de pequenos povoados e possuidores de indescritível riqueza cultural, de se apresentar em um centro turístico, demonstra o reconhecimento da necessidade de se revitalizar as manifestações da cultura sergipana.
"Trazer um grupo de pífano que toca na feira de Muribeca para se apresentar em uma festa nacionalmente conhecida é reconhecer a importância da nossa história e mostrar que nós estamos olhando para ela", disse Marcelo Rangel.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Cultura e tradição presentes nos festejos juninos de Sergipe – Foto: André Moreira/ASN