[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Depois de abertas as ‘gavetas’, lá saem eles, 300 metros de louca carreira rua abaixo. Controlando como podem o pequeno animal por uma corda fina, os amantes das corridas de jegue, como a realizada neste domingo, 23, em Itabi, têm a experiência necessária para não se desequilibrar e cair do lombo do animal sertanejo. "Corro desde os meus 11 anos", revelou Silmar Francisco de Souza, pernambucano de Santa Cruz do Capiberibe.

Apaixonados como Silmar fizeram com que a 28º edição da famosa Corrida de Jegue de Itabi batesse um recorde esse ano. Foram 125 inscritos, número bem superior ao alcançado no ano passado, quando 96 animais disputaram o título de jegue mais veloz do sertão sergipano. A explicação para esse salto no número de inscritos está ligada ao crescimento na participação de ‘atletas’ de outros estados.

A festa de Itabi contou com a presença de jumentos não só sergipanos, mas também alagoanos e até da Paraíba. "Dessa vez eu trouxe três jumentos", contou seu Robério Caldeira, alagoano de Pão de Açúcar que participa pela terceira vez da corrida. Com os seus jumentos Tesouro, Ventania e Sereno, ele revela que faz a viagem apenas pelo prazer de participar. "Venho de longo só pra isso. É porque gosto mesmo", afirmou.

Para organizar tanta disputa, a corrida é dividida em baterias. Das gavetas saem apenas cinco jegues de cada vez. Somente os dois mais rápidos se classificam para as outras etapas. A competição continua até que se chegue aos cinco melhor classificados. O vencedor leva pra casa um moto. "A participação também aumentou por causa da nossa organização. Discutimos muito com os participantes sobre a melhor forma de fazer a corrida", disse Wilenburg Viera dos Santos, coordenador do evento.

A preocupação com a celebração do animal está no centro da festa. Por isso, nem pensar em machucar o jegue. "O máximo que se pode usar é o cabresto de corda. Fora isso, nenhum objetivo que atinja a integridade física é permitido", revela o coordenador.

Tanto cuidado revela a importância que o animal ainda desempenha para a vida dos moradores da região. "Aqui ele é fundamental para a economia. Serve até hoje para transportar lenha, palma e outros produtos feitos pelos moradores", afirmou o prefeito da cidade, José Everaldo. A vitalidade da festa é mais uma orgulho, já que o evento, criado em1979, ainda não parece ter perdido a sua força.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.