Cohidro perfura poços em Canindé e beneficia dezenas de famílias assentadas
No assentamento Mandacaru, em Canindé de São Francisco, a 213 km da capital, o clima é de novidade entre os moradores. No mês passado, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) – vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) – fez a instalação de um poço artesiano no local, dando continuidade à missão de levar água de qualidade e em maior quantidade ao povo sergipano.
Mas a grande diferença desta vez foi a instalação de um catavento no local. Com altura de 10 metros, a estrutura – que ajuda a transformar a paisagem do alto sertão – faz a sucção da água do fundo do poço até a superfície e permite aumentar uma pequena vazão para até oito mil litros d’água por dia. Esta água é utilizada essencialmente para abastecer o rebanho de 42 famílias do assentamento Mandacaru. No total, cerca de 600 cabeças de gado consomem a água que vem do poço.
Em visita ao local, acompanhado por representantes da Cohidro, o ouvidor-geral do Estado, Luiz Eduardo Costa, explicou que a água que brota ali é própria para o consumo animal. “Ela não é ideal para o consumo humano, mas é perfeita para o rebanho. A água é rica em sais minerais e cloreto de sódio, o que é essencial para que o animal cresça forte e produza mais leite. Dessa forma, o pequeno criador pode substituir a ração mineral pela própria água. Ele cortará gastos e terá um aumento de sua produção leiteira”, explica Luiz Eduardo.
Para o ouvidor-geral, a perfuração de poços é uma das alternativas mais eficientes para diminuir os efeitos da seca. Nesse sentido, ele parabeniza o papel da Cohidro, que há 28 anos desempenha essa função. “Esta comunidade está com o problema resolvido. Uma vaca leiteira consome em média 60 litros de água por dia, e agora os pequenos produtores conseguem suprir as necessidades de seu rebanho. A Cohidro está de parabéns por, mais uma vez, ajudar a suavizar os efeitos da seca no semi-árido sergipano”, destaca.
Pequeno produtor familiar do assentamento Mandacaru, Jailton Nogueira acredita que a situação das famílias melhorou após a instalação do poço e do catavento. “Moro aqui há 11 anos e há três este poço estava sem funcionar. Agora a vida está muito melhor pra gente, pois muitas famílias criam animais e precisam dessa água para o consumo do rebanho. Além do mais, o catavento trouxe curiosidade pra todo mundo, principalmente para as crianças”, conta o assentado.
Segundo o diretor de Infra-Estrutura Hídrica e Recursos Hídricos da Cohidro, Hélio Sobral, o principal objetivo é beneficiar aquelas pessoas que não tem outra fonte de abastecimento, além de suprir as necessidades do pequeno produtor familiar com o fornecimento de água para o seu rebanho.
Satisfeito com as mudanças que o poço e o catavento levaram à comunidade, o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, afirma que o trabalho será intensificado na região. “Partindo do ideal do Governo do Estado de oferecer melhor qualidade de vida aos sergipanos, investiremos ainda mais na localidade. Faremos uma ampliação da adutora de outro poço já existente, com uma extensão de 2km, para atender à comunidade do Mandacaru. Após esse serviço, todas as famílias serão beneficiadas”, adianta Bodano.
Cataventos
Como explica o encarregado pela Divisão de Instalação e Manutenção de Poços da Cohidro, Roberto Wagner, a estrutura conhecida como catavento é montada quando o poço não atinge uma vazão de mil litros/hora ou quando não existe rede elétrica no local. “Depois de instalado o poço e constatada a baixa vazão, nós montamos a torre que dá sustentação às engrenagens compostas na máquina de rolamentos e instalamos a roda de vento, que é a mola propulsora para o bombeamento da água. É necessária a mão-de-obra de seis pessoas durante uma semana para a instalação completa do sistema”, detalha.
Ainda segundo o encarregado, antes da instalação é necessário verificar se o local oferece boa ventilação. “Com boas condições de ventilação, o vento gira a roda e as engrenagens acopladas a ela sugam a água do fundo do poço. Essa água é despejada em um reservatório de fibra ou em um bebedouro de alvenaria para o consumo animal”, explica. O custo para a instalação do poço e do catavento gira em torno em R$ 8.600. A Cohidro também realiza o serviço em propriedades particulares, desde que haja um acordo financeiro entre a empresa e o proprietário.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Cohidro perfura poços em Canindé e beneficia dezenas de famílias assentadas – Fotos: Ascom/Cohidro