Chuvas registradas na região metropolitana mobilizam equipe da Saúde
As chuvas registradas em Sergipe, em especial, na capital e região metropolitana, mobilizaram os gestores da Secretaria de Estado da Saúde (SES), no último fim de semana. A união de esforços entre as diversas áreas que compõem a pasta vem acontecendo desde que o governador Marcelo Déda determinou que todo o Governo, em especial os órgãos que compõem o Sistema Estadual de Defesa Civil, mobilize-se para minimizar os estragos causados nesse período chuvoso.
Como resultado das ações do comitê de prevenção montado pela SES, já na sexta-feira, 9, os secretários de Saúde dos municípios apontados pela Defesa Civil como localidades de risco foram convocados para uma reunião na sede da secretaria. No sábado, 10, os trabalhos aconteceram in loco, ou seja, a equipe decidiu visitar algumas cidades para avaliar de perto a situação, observando as condições de atendimento à saúde e os riscos aos quais estão expostas as comunidades.
Dos sete municípios listados pela Defesa Civil, o grupo formado pela secretária adjunta da Saúde, Kathleen Cruz, e gestores da Atenção Hospitalar e Urgência, Samu 192 Sergipe e Vigilância Epidemiológica visitou quatro: Barra dos Coqueiros, Maruim, Laranjeiras e São Cristóvão. Com relação aos outros três (Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Carmópolis), o contato se deu por telefone com os secretários de Saúde, que deixaram a equipe informada sobre as ocorrências.
“Antes de ir a campo, a gente se reuniu para definir as ações do dia e colocamos como prioridades verificar o atendimento básico e de urgência prestado, a necessidade de insumos e materiais médicos hospitalares, a imunização da população, as condições de confinamento daqueles que estão em alojamentos, a questão da água e do lixo, enfim, tudo o que representa risco à saúde das pessoas num momento como esse”, informou Kathleen Cruz.
Assistência
Na Barra dos Coqueiros, após visitar o local onde provisoriamente funciona a urgência 24 horas, foi recomendada à prefeitura a transferência do serviço, uma vez que a residência apresentava infiltrações, podendo comprometer o atendimento a população. “Numa situação de gravidade a prioridade é urgência, então ficou acordada a transferência do serviço para o centro de especialidades, já que as unidades básicas de saúde da cidade alagaram”, explicou Conceição Mendonça, gestora da Atenção Hospitalar e Urgência da SES.
Em Maruim, a situação era mais tranquila com relação ao serviço de urgência. Apesar das chuvas e do risco de maré alta, o hospital funcionava normalmente e foi considerado pela equipe da SES como uma unidade segura, uma vez que fica situado numa parte alta da cidade. “A gente só precisou reforçar que a Central de Regulação do Samu está priorizando os chamados oriundos dos municípios que estão em estado de alerta”, afirmou o superintendente do Samu 192 Sergipe, Edvaldo dos Santos.
No município de Laranjeiras, a equipe somente chegou até a entrada da cidade, devido a uma obra executada pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), para permitir a passagem das águas da chuva. Da entrada da cidade, o contato com os gestores municipais de saúde foi feito por telefone. “Apesar de não visitarmos os locais de atendimento à população, a situação foi classificada como sob controle”, ressaltou Kathleen Cruz.
Em São Cristóvão, a situação apresentada, em comparação aos outros municípios, foi a mais complicada, umas vez que a residência que abrigava o hospital local na sexta-feira inundou e toda a estrutura do serviço teve que ser retirada às pressas. “Conseguimos uma outra casa, mas a transferência de um hospital não ocorre de uma hora para outra. É preciso limpar a nova residência, instalar os equipamentos, entre outras providências, que exigem tempo”, justificou o diretor da unidade Marcos Guilherme.
Nesse intervalo, para não desassistir à população da sede São Cristóvão, a SES orientou que o município encaminhasse os pacientes ao serviço do conjunto Eduardo Gomes. Como as ambulâncias da prefeitura encontram-se quebradas, o Estado se comprometeu em providenciar o conserto de uma delas nesta segunda-feira, 12. Quanto aos casos mais graves, o transporte será feito pelo próprio Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe).
Imunização
O último sábado foi “Dia D” de vacinação contra o vírus Influenza A (H1N1), causador da gripe pandêmica. Porém, nos municípios onde houve ocorrências de inundações, a vacinação foi suspensa. Na visita feita pela equipe da SES a algumas dessas cidades, ficou acertado que num momento posterior a prefeitura providenciará um dia específico para mobilização do público alvo da campanha.
“A gente também está aproveitando para recomendar que os municípios vacinem sua população, dentro da faixa etária indicada, contra o tétano, hepatite B, sarampo, rubéola e caxumba, além da gripe A”, informou a gerente de Imunização da SES, Sândala Oliveira, acrescentando que o Estado está abastecido para fornecer aos municípios as doses necessárias. “Eles já dispõem desse estoque, pois essas vacinas fazem parte do calendário nacional. Mas, caso precisem de mais doses, temos como disponibilizá-las”, reforçou.
Ainda no campo da prevenção de doenças, esta semana, a Vigilância Epidemiológica começará a enviar técnicos para os sete municípios em alerta, com o objetivo de conter possíveis surtos. “Serão dadas orientações sobre como proceder, por exemplo, diante de casos de leptospirose e surtos de diarreia, muito comuns no período pós-enchente”, explicou a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, Giselda Melo.
Diretrizes
Após a visita de sábado, todo o comitê de prevenção se reuniu com a secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, para apresentar o balanço das ações do dia. Na oportunidade, ela manteve o grupo informado sobre as novas orientações dadas pelo governador numa reunião ocorrida na tarde de sábado, no Palácio dos Despachos, e reforçou os pontos aos quais devem estar focadas as ações da SES.
“Devemos estar sempre atentos à assistência, prevenção e comunicação. Num momento como esse, é preciso garantir que os serviços de saúde estejam funcionando com agilidade e presteza, que a população exposta a determinados riscos esteja imunizada e saiba como se prevenir, e que toda a equipe esteja engajada num discurso único com relação à finalidade das atividades desempenhadas pelo comitê”, concluiu a secretária.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Chuvas registradas na região metropolitana mobilizam equipe da Saúde – Barra dos Coqueiros / Foto: Edson Araujo