Cerca de 500 mil crianças são submetidas a trabalhos domésticos, diz IBGE
Desigualdade social
Principalmente nas regiões mais pobres, é comum garotas com menos de dez anos serem entregues pelos pais a alguma família, para que ajudem nas tarefas do lar. Elas passam a ter atribuições típicas da vida adulta: cozinham, cuidam de outras crianças, arrumam a casa, lavam e passam roupas. Algumas chegam a ser vítimas de violência e maus tratos. De acordo com o IBGE, 50% da mão-de-obra infantil doméstica vem de famílias com renda inferior a meio salário mínimo.
Fiscalização
O costume de aceitar o trabalho doméstico de crianças como algo normal é um dos aspectos que dificulta a erradicação dessa prática. Para o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Guilherme Mastrichi Basso, a fiscalização do trabalho infantil doméstico é extremamente difícil porque o domicílio é considerado um lugar inviolável. “Só podemos agir no caso de denúncias. Elas são poucas, pois boa parte da população nem reconhece que o trabalho doméstico é uma forma de abuso”, conclui.
De olho na lei
A legislação nacional diz que cidadãos a partir de 14 anos podem trabalhar como aprendizes, isto é, executar uma atividade que futuramente pode tornar-se uma profissão. Mas, para isso, o jovem deve ter o horário escolar respeitado, e receber um bolsa de aprendizagem (quantia em dinheiro).
Já o trabalho doméstico é proibido para quem tem menos de 16 anos. A partir dessa idade, o adolescente passa a ter as mesmas garantias de um empregado adulto: carteira de trabalho assinada, salário nunca inferior ao mínimo (atualmente fixado em R$ 240,00), um dia de folga semanal, férias, 13o salário, licença maternidade, entre outras.
Clipping: Programinha-Hoje em Dia / Folhinha-Folha de S. Paulo (Rede Andi – Agência de Notícias dos Direitos da Infância)[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]