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Na semana em que cidadãos de todo o mundo compartilham de práticas para o combate ao câncer, a equipe de médicos urologistas do Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) alerta a população masculina do estado para o crescimento silencioso de três tipos de câncer: próstata, bexiga e pênis.

“Chamo atenção para estes três tipos de câncer por ser a próstata o mais comum entre os homens, o de pênis por ser quase exclusivamente um problema entre os nordestinos, e o de bexiga por se tratar de um câncer silencioso, mas de grande agressividade”, explica o urologista do Huse, Rodrigo Tonin.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram registrados, no ano passado, cerca de 52 mil novos casos em todo Brasil. Em 2008, quase 12 mil pessoas morreram deste tipo de câncer.
 
De acordo com Rodrigo Tonin, o crescimento do número de casos de câncer de próstata está associado a uma melhor expectativa de vida das populações, haja vista que sua manifestação se dá a partir da sexta década de vida.
 
“Somente aqui no Huse, são registrados cerca de 60 novos casos todos os anos”, adverte o urologista. Ele chama atenção para o fato de a doença se manifestar com elevada frequência – cerca de oito vezes maior – em negros, e em homens com primeiro grau de parentesco com alguém que já tenha sido acometido pelo câncer.

“Outra importante característica do câncer de próstata está no fato de não existir prevenção. Por isso mesmo, as ações de diagnóstico precoce devem ser sempre priorizadas. Homens com histórico familiar de câncer de próstata devem fazer exames diagnósticos a partir dos 40 anos”, salienta Rodrigo Tonin.

Bexiga

Depois do câncer de próstata, os tumores de bexiga representam a neoplasia mais freqüente do homem e a quinta causa de óbito por câncer em pacientes com mais de 75 anos de idade. “O principal sintoma deste tipo de câncer está no aparecimento de sangue na urina. Portanto, se ao urinar a pessoa notar uma coloração avermelhada, ou até sangue mesmo, deve procurar imediatamente o médico e realizar os exames”, adverte Rodrigo Tonin.

Ainda segundo ele, a doença se manifesta com igual proporção em homens e mulheres. Entretanto, será entre os fumantes que se verificará um aumento expressivo de cerca de 85% de incidências.
Contudo, apesar de apresentar um comportamento bastante agressivo, os tumores de bexiga têm sido melhor controlados e os índices de sobrevida destes casos melhoraram significativamente nas últimas décadas.

Graças aos investimentos em novas tecnologias e aos avanços técnicos na especialidade, mais de 70% dos pacientes com câncer de bexiga são atualmente curados da doença e este fenômeno tem sido observado até mesmo em casos de neoplasia disseminada, cuja evolução fatal era inevitável até recentemente.

Exemplo claro da evolução do tratamento do câncer de bexiga, o médico oncologista do HUSE, José Geraldo Bezerra, foi acometido pela doença há seis anos. Ele realizou o tratamento em sua própria casa, sem precisar abandonar suas atividades diárias, e hoje encontra-se curado.
“Na primeira vez em que constatei que havia sangue na urina realizei de imediato o exame e lá estava o tumor. Passei a realizar o tratamento em casa, durante as noites, e durante o dia atendia meus pacientes aqui no centro. Hoje estou curado”, disse o médico.

Pênis

Diferentemente dos anteriores, o câncer de pênis é uma doença rara, cuja ocorrência associa-se intimamente com a situação sócio-econômica da pessoa acometida. Segundo Tonin, trata-se de um câncer que acomete quase sempre pacientes não circuncisados e de hábitos higiênicos precários. Sua incidência é mais frequente em adultos idosos, de baixa renda e menor nível social, sobretudo a partir dos 60 anos.

“No Brasil, a Região Nordeste concentra a grande maioria dos casos, sendo o estado do Maranhão o que apresenta, hoje, a maior incidência. Em países como os Estados Unidos e Canadá, por exemplo, este tipo de câncer sequer é estudado, pois lá ele quase não existe”, explica Rodrigo Tonin.

No Brasil, o câncer de pênis representa cerca de 2% do total de tumores que acometem o homem. Em países como o México e Uganda, a doença chega a representar cerca de 12%.
“Infelizmente, trata-se de um câncer onde 99% dos casos evoluem para amputação. Aqui no Huse, realizamos, em média, de uma a duas amputações de pênis por mês. É uma pena, pois trata-se de um câncer que poderia ser simplesmente evitado com o uso de água e sabão”, explica Rodrigo Tonin.

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