Centro de Convivência garante progresso social de adolescentes
As pessoas assistidas situam-se na faixa etária dos 10 aos 19 anos de idade. Elas participam, no período oposto ao da escola, de atividades como curso de violão, canto-coral, capoeira, dança moderna, bisqui, bijuteria, confecção de velas e frutas em cera. Dois novos cursos foram iniciados semana passada, o de biodança e o de artes plásticas.
Os 460 adolescentes atendidos participam de grupos de orientação educacional sobre temas como sexualidade, violência urbana e doméstica, drogas, convívio familiar, mercado de trabalho e projetos de vida. Eles aprendem ainda sobre seus direitos e responsabilidades por meio do estudo do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. “Com essas atividades os meninos ficam mais integrados, aumentam a auto-estima e descobrem que tem grande criatividade”, afirma a coordenadora do Centro de Convivência, Ana Lúcia Rodrigues Passos.
Ela afirmou também que o Centro promove orientações na área de planejamento familiar. “O objetivo é diminuir o índice de gravidez na adolescência e aumentar o intervalo entre as gestações”, revela. Os adolescentes interessados em adquirir anticoncepcional e camisinha se cadastram e recebem mensalmente esses métodos preventivos. “Nesse caso, a idéia também é diminuir a incidência de AIDS e das doenças sexualmente transmissíveis”, enfatiza.
Arte e desenvolvimento social
Animada com as aulas de artes plásticas, Iara Cristina Santos, 18 anos, diz que o desenho é uma maneira de retratar suas emoções. “Gosto muito de desenhar e agora estou podendo me aperfeiçoar cada vez mais. O que vem na cabeça a gente pode desenvolver no papel e é ótimo poder expressar os sentimentos através de figuras e imagens”, fala, entusiasmada. Ela participou do treinamento para Adolescentes Promotores de Saúde promovido pelo Centro de Convivência e se tornou uma multiplicadora de informações em escolas da capital. “A gente aprendeu sobre DST, AIDS, como se prevenir e é muito bom ensinar isso a outros adolescentes”, garante.
Enquanto faz o desenho artístico de uma maçã, Adriano de Jesus, 15 anos, revela que a arte é mais do que uma simples atividade. “O desenho é como se fosse uma terapia para mim”, diz. Há sete meses integrado ao Centro, ele participa ainda do curso de violão e desenvolve essas atividades no período inverso ao que está na escola onde cursa a 7a serie do ensino fundamental. “Em vez de estar em casa fazendo o que não devo, estou aqui no Centro aprendendo algo útil”, conclui.
Nas aulas de dança moderna, as meninas orientadas pela professora Marcela Garcia se desenvolvem socialmente enquanto utilizam os movimentos corporais. “Além das instruções técnicas da dança, elas trabalham a criatividade, a memória, o ritmo e é um espaço de socialização”, diz a professora. Embaladas pelo som do cantor Djavan, as meninas de uma das turmas do curso de dança ensaiam os passos da coreografia que será apresentada na festa do Dia das Crianças, em outubro. “Me sinto quase uma dançarina. Esse curso está me ajudando muito a me desenvolver”, diz, animada, Grazilene Farias, 11 anos, estudante da 5a série.
Para a coordenadora, o Centro de Convivência funciona como extensão da própria casa dos adolescentes. “Esse espaço foi criado para acolher, aceitar e receber os jovens e para desenvolver suas potencialidades e para ser um verdadeiro lar para eles. Aqui eles ficam à vontade”, afirma Ana Lúcia Rodrigues.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Centro de Convivência garante progresso social de adolescentes – Fotos: Wellington Barreto AAN Clique na foto e amplie