Catálogo virtual registra diversidade da música sergipana
Desde o mês de janeiro uma ferramenta virtual tem possibilitado um maior conhecimento sobre os artistas que fazem a música sergipana. Trata-se do Catálogo da Música de Sergipe, cuja versão on-line está disponível no site http://obscom.com.br/musica/catalogo. O projeto é desenvolvido pela pesquisadora Verlane Aragão e pelo Observatório de Economia e Comunicação da Universidade Federal de Sergipe (OBSCOM/UFS), através do projeto ‘Economia Política da Música: trabalho, tecnologia e mercado’.
A pesquisa tem patrocínio do Governo do Estado, através do Núcleo de Apoio à Pesquisa para a Cultura (Napec/Secult), e realizado em parceria entre a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec/SE), e conta ainda com recursos do Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal de Sergipe (Pibic/UFS).
Através do catálogo o internauta pode ter acesso a informações de mais de 70 agentes da cadeia da música que estão divididos nas categorias ‘Artistas’ (solo/banda); ‘Entidades, grupos e organizações’; ‘Empresas e fornecedores’; ‘Escolas e profissionais de ensino’; ‘Festivais e casas de show’; ‘Produtores’; e ‘Profissionais e técnicos’. De acordo com Verlane Aragão, o objetivo principal do Catálogo é “dar visibilidade à cena musical produzida no Estado e dinamizar o mercado da música local”.
Segundo a pesquisadora, o número de agentes cadastrados ainda é bastante tímido, visto que a pesquisa levantou, a partir de questionário aplicado em mais de 10 municípios sergipanos, 936 artistas (solo/banda) no Estado. “O catálogo on-line é uma estratégia adotada por nós para ampliar o alcance do nosso trabalho, com o propósito de sua apropriação pelos agentes da cadeia produtiva da música no Estado. Por isso temos nos esforçado na divulgação através das mídias sociais, mas entendemos também que é preciso a divulgação corpo a corpo, que também está em andamento”, explica.
Verlane explica que os artistas precisam se cadastrar no portal para que o Catálogo alcance, cada vez mais, um número maior de agentes, oferecendo assim a população, um rico acervo da música sergipana. “Quando lançamos o catálogo on-line, em janeiro, tínhamos 22 cadastros na categoria ‘Artistas’ (solo/banda), sendo eles artistas que fizeram parte da primeira fase de aplicação do questionário. Este cadastramento inicial foi realizado pela equipe de pesquisa, mas o objetivo desde o início do projeto foi estimular o autocadastro, permitido por mecanismo da própria plataforma. Desde então, o catálogo já recebeu mais 75 realizações de cadastro, sendo que há agentes cadastrados na plataforma, que ainda não efetivaram o perfil”, completa Verlane Aragão.
Para a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, a pesquisa da professora Verlane Aragão é de suma importância para a cadeia produtiva da música em Sergipe. Agora, com os produtos desta pesquisa começando a dar bons frutos para a cena cultural sergipana, o trabalho ganha ainda mais força. “É muito bom ver que as pesquisas que estão sendo financiadas pelo Governo começam a dar retorno para a política cultural de Sergipe. Nesta em especial, é muito importante que os nossos agentes da música se cadastrem, façam seu perfil e se coloquem a disposição para fazer parte deste belo projeto. A música sergipana só tem a ganhar”, observa a gestora.
Versão impressa
Além do Catálogo da Música de Sergipe versão on-line, a pesquisa prevê o lançamento de um material impresso, que deverá conter todas as informações presentes no catálogo da internet. O lançamento da versão impressa deve acontecer no dia 18 de setembro e o cadastro de agentes para esta primeira versão impressa do material acontece até o dia 20 de julho. “Entendemos que o lançamento da versão impressa deverá dar outro impulso ao projeto, lançando perspectivas positivas e de consolidação do catálogo”, argumenta.
A intenção é republicar, anualmente, versões atualizadas do material e distribuí-lo gratuitamente em Secretarias de Cultura dos municípios sergipanos, centros culturais no Brasil e no mundo, e para demais organizações de atores atuantes na área. “É importante lembrar que a atualização será realizada via plataforma on-line, que a qualquer momento disponibilizará as informações para qualquer pessoa e lugar no mundo”, frisa Verlane.
Com relação ao número de agentes que devem estar na versão impressa do material, Verlane Aragão explica que a equipe da pesquisa fará o possível para aumentar o número de cadastros até o prazo previsto, visto que o número de cadastros existentes não condiz com a realidade apresentada na cena musical do Estado e já comprovada pela pesquisa.
“O que faremos é um trabalho de sensibilização dos agentes, para que eles entendam que é importante ter esse catálogo, que permite que eles se conheçam. Além disso, se preciso, nós mesmos iremos inserir os dados dos 280 artistas que responderam os questionários para aumentar esse número”, finaliza.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Catálogo virtual registra diversidade da música sergipana – A pesquisadora Verlane Aragão (Foto: Fabiana Costa/Secult