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Durante a realização do I Encontro de Brigadistas de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe, Genival Nunes Silva, junto ao superintendente do Ibama, Manoel Rezende, entregou para três formações de Brigadas do Estado de Sergipe, os certificados de conclusão do Curso de Formação de Brigadas para Prevenção e Controle aos Incêndios Florestais. A solenidade ocorreu na manhã desta sexta-feira, 5, no auditório da Codise.

Em sua fala, relembrando passagem na adolescência pelo grupo de escoteiros, o secretário de Estado, Genival Nunes, disse estar muito orgulhoso e feliz pela formação dos brigadistas voluntários.

“Não há dúvida de que vocês trabalham por amor, por uma conscientização prática do que acreditam, protegem e defendem. Estão preocupados com a biodiversidade, com os recursos naturais; por isso ensinam, orientam, e apagam o fogo. Não ganham efetivamente nada por agirem assim, entendo bem isso, pelo escoteiro que fui um dia. O único prêmio pessoal é a satisfação, é a consciência do bem que a natureza nos traz”, retrata.

Ainda em sua declaração, o secretário revelou que a situação dos brigadistas voluntários poderá mudar. Destacou a perspectiva do incentivo ecológico, trazido pelo projeto do Ministério do Meio Ambiente, o “Bolsa Verde”: ajuda mensal em dinheiro às famílias pobres que vivem em unidades de conservação e assentamentos sustentáveis. Em troca do benefício, os moradores têm que se comprometer a não devastar a floresta. A medida faz parte do Plano Brasil sem Miséria, lançado em junho deste ano  pela presidente Dilma Rousseff.

Parceria

Os três grupos de brigadistas foram formados através do Centro Nacional de Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos, do Ibama/Prevfogo.  Sergipe conta atualmente com três brigadas. A mais antiga é a do Parque Nacional Serra de Itabaiana, administração do ICMBio. As outras duas formações de Brigadas, a “Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco”, localizado no município de Capela, e a “Monumento Natural Grota do Angico”, situada ente nos município de Canindé de São Francisco e Roço Redondo, foram criadas nos dois últimos anos.

Segundo declarou o superintendente do Ibama em Sergipe, Manoel Rezende, a participação da brigada no enfrentamento aos incêndios, combate e prevenção, é de grande relevância. “Observo o avanço do governo do Estado através da Semarh sobre a conservação e proteção de florestas. Formar brigadas é uma iniciativa primordial na prevenção de incêndios florestais, e a Semarh abraçou a ação com muito carinho e importância. Anos atrás a boa parte das florestas foi consumida pelo fogo, mais brigadistas tivessem, a realidade seria em menor proporção”, opinou Rezende.

Todo o curso de formação de brigadas foi ministrado pelo analista ambiental do Prevfogo do Ibama, Rodrigo Falleiro. Segundo contou, com formações de brigadas na África do Sul e na Espanha, e a dos Brasil, o curso já conseguiu formar mais de mil e trezentos voluntários.

“Com esse certificado do Ibama, eles poderão, inclusive, prestar concurso”, aponta Rodrigo, enfatizando que com o reconhecimento das brigadas pelo Ibama, “os brigadistas poderão estar recebendo ferramentas e materiais de proteção individual para realização das atividades durante os incêndios”, salienta.

De acordo com a superintendente de Biodiversidade Florestas da Semarh, Valdineide Santana, para que as UC’S funcionem bem é necessário o envolvimento da comunidade local, este, aliado a compreensão e papel dos brigadistas. “Na ocorrência de incêndios, eles são os primeiros a chegar. Os brigadistas combatem ao incêndio de imediato sem esperar a ajuda da capital”, destacou a superintendente.

Experiências

Segundo o coordenador da Brigada de Incêndio da UC do Junco, Marcelo Guigó, após a formação da brigada na UC do Junco- mata  onde mora desde que nasceu- há dois anos não é registrado incêndios dentro da  unidade.“Eles ocorrem, e não em grande proporção, no entorno da área protegida”, comenta Marcelo, que faz questão de citar que o trabalho dos brigadistas “é uma função de matar, mas que é muito prazerosa de fazer”.

“Além de realizar palestras e orientar a comunidade sobre como prevenir incêndios, realizamos o incêndio controlado nos canaviais. Antes os proprietários queimavam a cana sozinhos, e com isso acabavam queimado também a área protegida pela UC. Com a técnica exercida pela brigada, aprendida nos cursos, o fogo não expande e evitando a mortandade de animais e queima da vegetação”.

“Outro dia acharam uma jibóia de dois metros e meio, e nos chamaram para apanhá-la. Sem o trabalho de Educação Ambiental que fazemos a realidade era outra, matava o bicho”, comemora Marcelo o êxito da brigada do Junco.

A brigada do Junco é composta por 35 brigadistas, sendo que quatro destes, por mulheres. E segundo Anne Gracielle, de 23 anos, a profissão de brigadista voluntária não a deixa menos feminina. “Carrego uma bomba nas costa com 20 L de água, percorremos a mata para chegar até o ponto do fogo, ardem-se os olhos durante luta contra o fogo, mas é tudo é muito compensador. Sei que enquanto estiver ali, estarei protegendo o máximo possível da biodiversidade ameaçada pelas chamas”, revela a bela morena.

Carta

Após assistirem vídeos, palestra e trocarem experiências, no final do evento os brigadistas elaboraram uma carta que será entregue para os órgãos ambientais. Nela consta, sugestões para o fortalecimento da atuação dos brigadistas nas UC’s, com a participação dos governos Federal e Estadual.

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