[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]No segundo dia de aula do curso de leitura e escrita no sistema Braille, promovido pela Biblioteca Municipal Clodomir Silva, os participantes mergulham na técnica utilizada pelos portadores de deficiência visual e começam a descobrir uma nova forma de comunicação. O curso acontece segundas, quartas e sextas-feiras e teve início na última segunda, dia 16.

As aulas são gratuitas e voltadas para pessoas não portadoras de problemas visuais. “Nosso objetivo é alfabetizar em braille esses alunos, para que eles ajudem portadores. Com isso, promovemos a inclusão social”, afirma Francisco Luiz, coordenador do setor de Braille da biblioteca municipal. Quatro turmas, distribuídas nos turnos da manhã e da tarde, reúnem os interessados em aprender a técnica. “Cada turma tem entre quatro e cinco alunos. É necessário que seja assim para eles fixarem melhor o conteúdo”, explica.

Durante o curso, que tem a duração de cinco semanas, são ministradas aulas teóricas sobre a origem e propagação da técnica criada pelo francês Louis Braille. Exercícios práticos para desenvolver a leitura e a escrita e sobre o método sorobã (matemática) também incluem o conteúdo programático.

Portador de deficiência visual, Francisco Luiz transmite com propriedade os ensinamentos aos iniciantes no sistema Braille. “Com a maneira de ele nos conduzir, podemos aprender mais facilmente. O professor é muito didático e passa o conteúdo sem deixar dúvida”, destaca a aluna Deusdete Vieira, 53, professora.

MOTIVAÇÃO
A manhã de hoje, dia 18, foi tomada pela satisfação que os primeiros progressos despertam na turma. “Já aprendi algumas letras e estou juntando palavras”, comemora a professora Anali Rodrigues, 36.

Ela confessa que o aprendizado é cercado de desafios. “É muito difícil, porque não temos a prática, temos que desenvolver a sensilidade”, diz. “Mas a vontade que dá é de continuar, a curiosidade me leva a seguir em frente. E o importante quando a gente acerta é o incentivo do professor”, destaca.

Dos quatro alunos dessa turma, três são professores. Para todos os participantes, o objetivo de aprender a ler e a escrever em Braille tem uma nobre motivação. “Participo do curso para ter o aprendizado e a possibilidade de repassar tudo isso. Trabalho no interior e posso orientar alguém se houver necessidade”, diz o professor universitário Valfran de Brito, 52. “Há muitas pessoas que precisam e às vezes a gente não pode ajudar porque não tem o conhecimento para isso. O curso está sendo muito válido”, afirma a professora Deusdete Vieira, 53. “Faço parte do Lions Clube e o meu desejo é repassar o conteúdo que estou aprendendo para a minha instituição”, planeja Maria das Graças Cruz, administradora, 52.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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