Audiovisual sergipano tem espaço garantido na Aperipê TV

“O assunto aqui é audiovisual”. É dessa forma que a atriz sergipana, Diane Veloso, define a mais nova produção da Aperipê TV, o OlhaAí. Com o objetivo de mostrar o crescimento e o talento de quem produz e faz a história do audiovisual sergipano, o OlhaAí busca, a cada programa, popularizar conhecimentos sobre a cultura cinematográfica, além de apoiar e divulgar as obras audiovisuais realizadas de forma independente. Transmitido aos sábados, às 20h30, pela Aperipê TV, o Olha Aí garante espaço para os novos realizadores, abrangendo os mais variados temas do universo cinematográfico.

O mais novo programa da Aperipê TV estreou na telinha sergipana em 17 de janeiro, e de lá para cá, já abordou temáticas como experimentalismo, arquivos e estréias. Em seu quarto programa, no ar esse sábado, 7, o OlhaAí adentra no mundo dos trabalhos produzidos para conclusão de cursos universitários que utilizam o audiovisual como ferramenta. Os telespectadores do OlhaAí irão assistir a dois curtas sergipanos: Fita Crepe, um vídeo-reportagem dirigido por Renato Mariano, que analisa o papel do produtor dentro dos mais diversos segmentos do audiovisual; e Acorda!, resultado de um exercício de conclusão dos alunos do segundo módulo de audiovisual do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira.

De acordo com a apresentadora do programa, Diane Veloso, o OlhaAí possui um grande potencial, já que a cena do audiovisual em Sergipe está em fase de progresso e expansão. “Cinema e audiovisual ainda são novidades para mim, que estou estudando e mergulhando nesse universo a pouco tempo. Mas minha análise do panorama local é positiva. Apesar de está devagar, estamos caminhando para frente. Os novos realizadores devem ter em mente que a produção independente é um caminho trabalhoso, mas que te dá liberdade e espaço para processos criativos em diferentes níveis”, declarou Diane.

Apresentadora
Quem assistir ao OlhaAí vai ficar com uma sensação de que já conhece a apresentadora, Diane Veloso, de algum lugar. Isso se deve ao fato de Diane já trabalhar na área do entretenimento há mais de 25 anos. “Comecei fazendo teatro amador aos 13 anos, iniciando meus exercícios de atuação em algumas montagens pequenas. Aos 16, formei um grupo de estudos em Alagoas, e quando retornei para Sergipe iniciei um curso semi profissionalizante”, afirmou. A partir daí, a atriz Diane Veloso não parou mais. Em 1996 fez sua primeira montagem, o infantil O Brilhante Mágico, seguido de Quando o Mordomo não é o culpado, e do início do grupo de teatro ‘Deu Branco’ .

Em 1997, a atriz, junto com amigos, formou o grupo ‘Kumpanya dos Duendes’, onde montaram a peça Bodas de Sangue, sob a direção do carioca Sidnei Cruz. Em 2000 o grupo se desfez, e foi formado o grupo ‘Caixa Cênica’, no qual Diane está até hoje. “Além das várias montagens que participei, já fiz muitos esquetes de rua e performances em eventos e instituições. Eu sou atriz. Posso optar pelo que mais gosto, seja teatro, tv, cinema, o que for, mas atriz é atriz até debaixo d’água.  Sou apaixonada pela minha profissão e amo tudo o que ela pode me dar: cinema, TV, teatro, rua, palco, infantil, adulto, comédia, drama, tragédia, etc. Desde que eu me sinta apaixonada pelo projeto, com certeza vou me sentir realizada, e desempenhar um ótimo trabalho”, acrescentou.

E que ótimo trabalho. Assim podem dizer os vários atores que já contracenaram com Diane Veloso, entre eles, Babu, Jane Fernandes, Flávio Porto, Luís Carlos Reis, Olga Gutierrez, Andresson Dias, e dos vários grupos de que fez parte ou que trabalhou junto, como o Imbuaça. Além do teatro, Diane já atuou em dois longas-metragens, Orquestra dos Meninos e Senhor do Labirinto, e alguns curtas como AMorrer, Vômito Negro, Influenza, Elipse, Dois, Você quer ou não quer Carmem?, dentre outros.

“Trabalhar na área independente me dá prazeres além do objetivo e pronto. Nós conseguimos experimentar mais, e acabamos construindo famílias, já que na maioria dos casos contamos com apoio de amigos e afins. Tem muita gente bacana fazendo isso, vejo pessoas com uma bagagem teórica muito boa, capaz de realizar trabalhos excelentes. Eu sempre estou muito disposta a ajudar, gosto de estudar, experimentar junto com as pessoas. Tudo pra mim é material de trabalho, de experiencia. E ator é experiência.”, concluiu Diane Veloso.