Atuação da Cohidro minimiza efeitos da falta d’água no interior
O que seria do ser humano se não existisse água, elemento fundamental para a sobrevivência do homem e para o equilíbrio de toda a natureza? São nas regiões mais secas onde esse líquido é mais valorizado. O baixo volume de chuvas compromete as reservas e o abastecimento, fazendo com que moradores dessas áreas convivam com longos períodos de estiagem.
Em Sergipe, a chamada região do semiárido é a que mais sofre com esse problema. Um dos órgãos públicos que combatem os efeitos da falta d’água, principalmente no interior, é a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).
Uma das ações da Companhia é a perfuração de poços com o objetivo de garantir às comunidades mais carentes, que não contam com o serviço de abastecimento convencional da Deso, o acesso à água adequada para suprir suas necessidades básicas.
Segundo José Albuquerque Cunha, geólogo e gerente de perfuração de poços da Cohidro, desde que o projeto teve início, a companhia tem levado água de boa qualidade aos municípios que não possuem o abastecimento pelo sistema convencional através da rede de distribuição. “Esse objetivo sempre esteve dentro dos planos e projetos da Cohidro, mas nos últimos anos, ele tem se fortalecido, principalmente no sertão e no agreste do Estado, já que estas áreas são mais debilitadas e necessitam de uma atenção especial”, esclarece.
O geólogo enfatiza que as águas que chegam através dos poços perfurados trazem para a população do interior uma série de benefícios, além de minimizar o sofrimento daqueles que não têm o precioso líquido nas suas torneiras. “Há uma melhoria significativa na qualidade de vida com a chegada da água. Hoje, as pessoas têm acesso aos benefícios trazidos pela água, como mais saúde para elas e seus filhos. O consumo de uma água adequada e de qualidade é sinônimo de saúde para estas famílias”, enfatiza Albuquerque.
O gerente destaca ainda que o trabalho não se resume apenas à perfuração de novos poços, mas também à manutenção e recuperação dos poços já existentes. “Não basta só instalar, tem que saber cuidar para que tudo esteja em ordem. Por isso, estamos sempre fazendo essa manutenção para garantir o funcionamento de todos os poços”, afirma Albuquerque.
Balanço
Em 2009, dando continuidade às ações, a Cohidro realizou 59 serviços entre perfuração, recuperação, instalação e manutenção de poços. Das 16 perfurações feitas, nove se encontram entre o alto sertão e o agreste sergipano. “A princípio, pode não ser um número aparentemente grande, mas tem um grande significado porque contempla áreas extremamente necessitadas e beneficia centenas de pessoas com a utilização de um bem tão precioso quanto à água”, diz o diretor de Infraestrutura e Manutenção Mecânica, Moacyr de Lins Wanderley.
Com relação aos projetos para 2010, Moacyr informa que a Cohidro continuará seu trabalho de colaboração de contingência da seca no sertão e que já existem 18 novos contratos para a perfuração de poços nestas áreas. “Gararu, Porto da Folha, Carira, Frei Paulo e Poço Verde são as primeiras da lista, mas junto com elas também colocaremos Pirambu e Estância que, apesar de não fazerem parte da rota, também necessitam de poços para o abastecimento humano e a dessedentação animal”, acrescenta.
Ele conclui dizendo que em 2010 seis poços já foram perfurados com os equipamentos da empresa, mas que este número pode aumentar, e muito, até o final do ano. “Nossa pretensão é de que até o final deste ano, 120 serviços sejam feitos em todo o Estado,” afirma o diretor.
Histórico
O trabalho de perfuração de poços da Cohidro começou logo que ela surgiu, em meados de 1983. Nesta época, ainda contava-se nos dedos os sistemas de abastecimento que estavam em operação. As perfurações foram se multiplicando e hoje contabilizam 3.318 poços, que acumulam 197.245 metros perfurados e possuem uma produção média de 16.797.080 litros de água por hora.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Atuação da Cohidro minimiza efeitos da falta d’água no interior – Foto: Ascom/Cohidro