Atendimento intensivo em área aberta ajuda a salvar vidas no HUSE
A implantação do sistema de atendimento intensivo em área aberta no Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) vem contribuindo para aumentar a sobrevida e até salvar vidas de pacientes críticos que necessitam de vagas em UTI. Iniciado no começo de maio deste ano, o serviço está sendo implementado de forma inédita em um hospital público sergipano a partir da capacitação de uma equipe de intensivistas formada por médico, fisioterapeutas, enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem, que atendem no Pronto-Socorro do HUSE.
A medida faz parte do novo projeto de gerenciamento hospitalar do HUSE e busca oferecer assistência a pacientes que necessitam de cuidados intensivos. De acordo com a diretora técnica do HUSE, Lycia Diniz, a capacitação da equipe de profissionais de saúde especializados foi necessária para que os pacientes que precisam de tratamento intensivo fossem atendidos de forma eficiente, independente da oferta de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
"Percebemos que houve um aumento do número de pacientes críticos dando entrada no HUSE com problemas de acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico ou isquêmico e outros casos que precisavam de intubação e até mesmo de vaga na UTI. Como a procura estava sendo maior que a nossa oferta, resolvemos contratar um médico especializado nesse tipo de atendimento que realizasse os procedimentos semelhantes aos de uma UTI em área aberta, ou seja, no próprio pronto-socorro", explica a médica.
O intensivista em área aberta é como um diarista especializado, que acompanha todos os pacientes e conhece a história e evolução de cada um deles. "Os resultados têm sido os melhores possíveis. Agora temos pacientes que deixam de se tratar na UTI e conseguem se recuperar no próprio PS", enfatiza Lycia.
Resultados
Para o chefe da equipe intensivista Anderson Batista, o trabalho desenvolvido pelo grupo está servindo de referência e pode vir a ser modelo para outros hospitais públicos devido aos resultados positivos. "A resposta dos pacientes está sendo satisfatória e a taxa de resolutividade dos casos tem se mostrado alta, com o método das visitas freqüentes e o acompanhamento da evolução dos pacientes que estão intubados no pronto-socorro", observa o médico.
Para se ter uma idéia dos resultados, no início de maio o PS Adulto registrava 14 pacientes intubados acomodados nos 32 boxes disponíveis para o atendimento de urgência de pacientes críticos. Com o trabalho da equipe, atualmente apenas quatro pacientes encontram-se internados nessa situação. "Desde o início de maio, tivemos 12 transferências para as UTI’s do Cirurgia e do próprio HUSE. Sete pacientes conseguiram deixar de usar o respirador, tiveram alta e voltaram para casa, e dois foram encaminhados para a enfermaria", conta Anderson Batista.
A experiência vem sendo monitorada pela diretora-técnica do HUSE, Lycia Diniz, que aposta no método de trabalho e informa que está prevista para o futuro a formação de mais médicos e profissionais de saúde intensivistas. Eles devem começar a desenvolver este trabalho após a reforma do Pronto-Socorro, quando haverá uma nova estrutura de atendimento dos pacientes, classificados de acordo com a gravidade do caso e do tempo de permanência no hospital conforme estabelece o Ministério da Saúde, o que vai permitir mais resolutividade no fluxo de atendimento.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Atendimento intensivo em área aberta ajuda a salvar vidas no HUSE – Foto: Márcio Garcez/Saúde