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Após cumprir amplo Ciclo de Palestra no entorno das Unidades de Conservação (UCs) – áreas geridas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) – técnicos ambientais da Superintendência de Biodiversidade e Florestas (SBF/Semarh) preparam-se para a realização de mais uma nova etapa. Dessa vez, o evento que sensibiliza a população para a importância dos morcegos na manutenção e formação de florestas irá ocorrer no período de 10 a 14 de novembro, na Área de Preservação Morro do Urubu, localizada na zona norte da capital sergipana.

Com o título “Morcegos Seres Extraordinários”, durante todo o mês de setembro os técnicos da Semarh percorreram vários espaços rurais divulgando a importância do mamífero para a biodiversidade e sustentabilidade do ecossistema. Diversas escolas localizadas em pequenos povoados e nas sedes dos municípios de Capela, Canindé de São Francisco e Poço Redondo, onde são localizadas as UC’s do estado, foram visitadas pela equipe da SBF.

De acordo com o coordenador do Monumento Natural Grota do Angico (Mona Angico), o biólogo Jefferson Simanas Mikalauskas, a iniciativa da Semarh nasceu a partir da campanha realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA/Unep), que elegeu os anos de 2011 a 2012 como o ‘Ano Internacional do Morcego’. A campanha visa melhor conhecimento e incentivo à valorização das espécies.

Seres extraordinários

Segundo explicou Jefferson, diferentemente dos pássaros, por exemplo, que também são aves dispersoras de sementes, os morcegos trazem em si um importante diferencial no que diz respeito à capacidade de disseminação de sementes. “Além de dispersadores de sementes, alguns morcegos são polinizadores. Segundo pesquisa, 70% das espécies vegetais existentes na floresta amazônica são nascidas por dispersão ou polinização feita exclusivamente pelos morcegos. No Brasil, 500 espécies foram geradas pelo mesmo processo, polinização ou dispersão dos morcegos”, aponta.

Riqueza

O coordenador ainda explica que, das nove famílias de morcego de espécie subordem microchiroptera que existe no país, sete são encontradas no Estado de Sergipe. “O número representa uma grande riqueza. A presença das sete famílias no estado é um reflexo de que ainda temos ambientes preservados e nos alerta para mantê-los, a fim de assegurar a biodiversidade local”, afirma Jefferson, destacando que uma grande parte dos morcegos se alimenta de insetos, outra de frutas, outra de néctar, peixe, carne e até de sangue, este último em menor número.

“Os que se alimentam de insetos são controladores naturais das populações de insetos, como pragas agrícolas e vetores de doenças”, conta o técnico da Semarh, que trabalha com morcegos a cerca de 10 anos.

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