Ambulatório do Hemose é referência para tratamento de anemia falciforme e hemofilia
Os irmãos Lucas Santos, 10 anos, e Luciano Santos, 5 anos, são portadores da Hemofilia, uma doença hereditária com deficiência de um fator coagulação do sangue. Pelo menos uma vez a cada bimestre, os garotos comparecem ao Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), acompanhados da mãe, Maria Anaide dos Santos, 31 anos. Nesta quarta-feira, 8, a família saiu de Jeremoabo, na divisa entre Sergipe e Bahia, para fazer consulta com o médico pediatra e tomar o fator IX no Hemocentro.
“Até eu descobrir o que causava o inchaço no joelho deles, demorei bastante. Como sou do interior, lembro que na minha cidade me mandaram para Paulo Afonso, depois para Recife. De lá, os médicos me encaminharam para o Hemose aqui em Sergipe, onde acompanho o tratamento deles”, contou a agricultora, mãe dos garotos.
A Anemia Falciforme é outra doença genética, hereditária, caracterizada por uma alteração nos glóbulos vermelhos. José Werlysson Santos Guimarães, 9 anos, portador da doença, iniciou o tratamento no ano passado no Hemocentro de Sergipe. “Ele começou a reclamar de muitas dores pelo corpo. Procurei um médico e depois dos exames foi que descobriram a doença”, relatou a mãe do garoto, Maria Elenice dos Santos, 36 anos, que reside no município de Brejo Grande.
As duas patologias têm em comum o fato de estarem relacionadas ao sangue, por isso o Hemose é o centro de referência para tratamento dessas doenças. Nesse sentido, o ambulatório dispõe de equipe multidisciplinar composta por médicos hematologistas, pediatra, dentista, fisioterapeuta, psicóloga, assistente social, além da equipe de apoio.
Para melhor acompanhamento, os pacientes são, periodicamente, submetidos à avaliação laboratorial, médica, odontológica e fisiátrica. No caso do paciente com hemofilia, o tratamento baseia-se na reposição do fator de coagulação deficiente, administrado por meio de concentrados produzidos a partir do plasma industrializado. A mediação deve ser ministrada em cada ocorrência de sangramento.
Conforme a gerente do ambulatório Mariamalia Newton Andrade, no caso da anemia falciforme, ainda não se conhece a cura. Dessa forma, os portadores precisam de acompanhamento médico constante. “Quanto mais cedo começar o tratamento, melhor o prognóstico para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação como forma de prevenir infecções e controlar as crises de dor”, destacou.
Dados
Atualmente, o serviço conta com pouco mais de 130 pessoas portadoras de Hemofilia, cadastradas para receber acompanhamento médico no ambulatório do Hemose. Já os pacientes com Anemia Falciforme, por mês, o serviço atende uma média de 20 pessoas.
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