Alergia ao leite de vaca é tema de debates na Semana do Aleitamento

Uma platéia atenta. Foi diante do auditório lotado que a pediatra Nayra Valdete aproveitou o espaço para tratar de um tema que aflige muitas mães: a alergia ao leite de vaca. A palestra marcou o quarto dia de atividades da Semana Mundial do Aleitamento Materno na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e serviu para tirar algumas dúvidas entre as pacientes da unidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os recém-nascidos devem receber exclusivamente o leite materno até os seis meses de vida. Esse gesto de amor é indispensável na proteção de várias doenças. “O leite da mãe é fundamental na prevenção de várias doenças. O que pouca gente sabe é que ele também é uma proteção natural às possíveis alergias à proteína do leite de vaca, um composto muito comum nos industrializados”, ressaltou Nayra.

Preocupadas com a saúde de seus bebês, as mães participantes aproveitaram a oportunidade para fazer questionamentos. Após muitas indagações, a especialista deixou claro que os níveis de alergia e as reações do organismo variam de criança para criança. Por isso, não é aconselhável que os pais modifiquem a dieta de seus filhos sem nenhum tipo de orientação médica.

Moradora da cidade de Tobias Barreto, a dona de casa Deise Cristina ficou satisfeita com as dicas recebidas gratuitamente. “Aqui é muito bom. Todos são atenciosos com a gente e cada dia é um aprendizado diferente”, relatou sorridente.

Banco de Leite Humano

Como o foco central das discussões da ‘Semana’ é a importância do aleitamento materno, uma equipe de profissionais também atuou na divulgação do Banco de Leite Humano Marly Sarney (BLH). Centro de Referência Estadual na promoção, incentivo e apoio ao aleitamento materno, o Banco presta assistência diária aos bebês através de ambulatório, onde as consultas são realizadas de forma gratuita.

Segundo a gerente do BLH, Hélia Karla Agapito, as pediatras acompanham o crescimento e desenvolvimento dos recém-nascidos de zero até o sexto mês, em aleitamento exclusivo (sem utilização de chás, sucos ou leites industrializados). “O Banco também trabalha a prática da amamentação, ensinando as gestantes e as nutrizes a fazerem a ordenha, o que para as marinheiras de primeira viagem é um grande desafio”, explicou Hélia.

A Semana

A programação da Semana Mundial do Aleitamento Materno promovida pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) segue até sexta-feira, 5, com o debate ‘O que queremos para a amamentação’. A idéia é elaborar um documento onde os desafios do serviço público se transformem em propostas capazes de qualificar a assistência.

Mesmo com o encerramento das atividades, a superintendente da MNSL, Carline Rabelo, deixa claro que a campanha para a arrecadação de frascos de vidro com tampas de plástico continua. “Essa é uma necessidade permanente, pois além da Nossa Senhora de Lourdes, o Banco abastece as maternidades públicas e privadas sempre que seu estoque permite. Os potes são fundamentais nas etapas de armazenamento, pasteurização e distribuição do leite humano para todo o Estado”, concluiu Carline.