[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A novela dos buracos criados pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), sem autorização da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), ganhou mais um capítulo. Agora, foi a vez da rua professor Antônio F. de Melo, esquina com a rua José Ramos da Silva, no bairro 13 de Julho, ganhar uma cavidade após a Deso não ter concluído da forma correta as obras de um serviço de esgoto executado pela ECA Construtora, de forma terceirizada.

De acordo com Lau Rocha, proprietária de uma galeria de arte na região, mesmo com o serviço tendo sido finalizado pela construtora há cerca de 40 dias, ninguém da Deso voltou ao local para realizar o recapeamento asfáltico. O resultado é que, com as chuvas, o buraco só cresceu e a terra que a construtora retirou do local acabou retornando, provocando novos problemas. “Me parece que o esgoto até voltou a vazar. Ou seja, talvez a Deso seja obrigada a refazer o serviço, gastando mais dinheiro do contribuinte e aumentando o transtorno para todos que moram ou trabalham pela vizinhança”, disse.

Lau informa que até perdeu as contas do número de vezes que ligou para a Deso pedindo providências. E que a companhia avisava que o problema era da Prefeitura de Aracaju, o que não tem relação com a verdade. “Eu até me prometi que não ligo mais, porque cansa.
Já são mais de 80 dias nesta brincadeira. Para iniciarem as obras eles levaram 40 dias. E se passaram outros 40 e ninguém toma providência”, desabafa.

Sem sinalização, o buraco é também um perigo para o trânsito. Os motoristas que não estão acostumados a passar pelo local são “avisados” da irregularidade na pista apenas por um galho de árvore colocado na cavidade pelos próprios moradores. “Isso é um descaso com a população, que paga altos impostos e não vê o dinheiro ser transformado em serviço. Mais uma vez, quem acaba prejudicada é a comunidade”, alerta Lau.

O problema não se limita ao bairro 13 de Julho. No bairro Siqueira Campos, na rua Amapá, esquina com a rua Sergipe, a situação se repete. Um buraco aberto pela Deso e não fechado vem gerando seguidas reclamações, principalmente dos comerciantes.

Recentemente, também, a Emurb teve que cobrar da Deso a finalização correta de obras na rua José Figueiredo de Albuquerque (bairro Atalaia), avenida São Paulo, esquina com rua Bahia (Siqueira Campos) e rua Nestor Sampaio (bairro Luzia).

Vale lembrar que, em agosto, o Ministério Público estadual, através da Promotoria dos Direitos do Cidadão Especializada em Serviços de Relevância Pública, representada pelo promotor de Justiça José Elias Pinho de Oliveira, determinou que a Deso retornasse a promover as reuniões semanais com a Emurb para discutir as intervenções da Companhia de Saneamento nas vias públicas e cumprisse o art. 2º, da Lei nº 1994, de 17 de junho de 1993, no qual explicita que qualquer intervenção das vias da cidade têm de ter autorização do poder público municipal.

Outro ponto importante determinado pelo Ministério Público diz respeito à obrigatoriedade da Deso de sinalizar e identificar todas as obras e serviços realizados na cidade. É que, quando os buracos aparecem, a primeira iniciativa da população é ligar para a Emurb.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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