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Por Bruna Carvalho, Ascom da Deso

Com investimento na ordem de R$ 93 milhões, recursos do Governo de Sergipe e do JBIC – Japan Bank for International Cooperativo, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) ampliou em 50% a oferta de água em 20 cidades sertanejas com a operação de uma nova adutora no Semiárido. Desde que começou a ser operada, há cerca de dois anos, nenhuma sede municipal da região sofreu com problemas de falta de água. O sistema de abastecimento implantado pôs fim a problemas históricos como o da cidade de Carira que chegava a ter rodízios de 20 dias.

“Tínhamos uma ‘dívida’ muito grande com a população de Carira. Esta cidade, por se tratar da última localidade atendida pelo sistema da Adutora Sertaneja, tinha uma oferta de água precária, com rodízios que já duravam até 28 dias, sem o fornecimento de água”, comentou o gestor da Unidade Negócios Sertão da Deso, Carlos Anderson Pedreira, que acompanhou de perto a situação de dificuldade enfrentada à época pela população e o esforço feito pela empresa para evitar o sofrimento dos moradores da região.

Além de Carira, em localidades como Frei Paulo, Pedra Mole, Pinhão e Poço Redondo, o racionamento do abastecimento hídrico era comum por períodos que de mais de uma semana. “Hoje a realidade é outra”, declara Carlos Anderson. Isso porque, desde que a nova adutora começou a ser operada, a constante falta de água deixou de ser um problema. “Não temos mais rodízios e o fornecimento em toda a localidade ocorre 24 horas por dia, sem interrupções”.

Hoje a suspensão de abastecimento só é registrada em casos pontuais ou programados pela empresa, quando surge a necessidade de execução de manutenção preventiva e corretiva dos sistemas operacionais – serviços indispensáveis para o funcionamento eficiente das redes. Antes os registros de desabastecimento eram motivados por deficiências estruturais da rede e ausência de capacidade hídrica. Com a implementação da adutora, o sistema integrado que produzia 580 litros por segundo, agora opera com mais de 900 litros por segundo.

Estrutura

A Adutora do Semiárido foi construída para integrar um complexo, formado por outras duas adutoras, que garante a regularização do fornecimento de água em sete cidades do semiárido, além de outras 13 que compõem o Sertão sergipano. Ela possui aproximadamente 60 quilômetros de extensão, com diâmetro de 600mm, levando água desde a captação, na Ilha do Ouro, em Porto da Folha, até a cidade de Nossa Senhora de Glória. Além da implantação da adutora, o investimento contemplou a construção de uma nova estação de tratamento, toda automatizada e com equipamentos de última geração no tratamento de água.
                                                
“O investimento foi de vital importância para os municípios do Sertão e do Semiárido sergipano, assegurando uma regularidade no abastecimento de água que jamais existiu nestes municípios. E o marco do investimento foi a evolução tecnológica, que proporcionou à Deso um controle operacional mais moderno”, citou o diretor-presidente, Antônio Sérgio Ferrari Vargas, que no último dia 11 visitou a Adutora do Semiárido.

Avanços

Tecnologia é o diferencial da obra. Hoje todo o sistema integrado é monitorado a partir do Centro de Controle Operacional (CCO), que fica situado em Nossa Senhora da Glória. Nele, o fluxo a vazão e a pressão de água são monitorados interruptamente por meio de equipamentos automatizados que alertam qualquer tipo de alteração no funcionamento das adutoras e reservatórios. Para possibilitar essa automação, durante a obra também foram recuperadas as outras duas adutoras existentes, a do Alto Sertão e a Sertaneja, tanto na sua estrutura física como também na operacionalização.

Outro avanço é que a qualidade da água da Adutora do Semiárido, captada direto do rio São Francisco, é controlada por uma moderna Estação de Tratamento implantada com capacidade de tratar aproximadamente 300 l/s de água bruta. “O diferencial dela está em seu processo automatizado, com três filtros descendentes e o operador aciona o conjunto de válvulas pneumáticas através da tela de um computador. Todo o processo fica registrado e todo o controle de produção com relação aos residuais de produtos químicos também”, afirma Anderson Pedreira.

Benefícios

A construção da Adutora do Semiárido era tão esperada que ela começou a operar antes mesmo de a obra ser totalmente concluída. “Os trabalhos foram iniciados em fevereiro de 2007, através do consórcio CELI-ROCHA, e em agosto de 2010 a adutora já foi colocada em operação, mesmo sem estar concluída devido a grande demanda que a região do Sertão sofria”, afirmou o Diretor Técnico da Deso, Carlos Fernando de Melo Neto.

Hoje, em pleno funcionamento, a Adutora beneficia diretamente as cidades de Nossa Senhora da Glória, Carira, São Miguel do Aleixo, Nossa Senhora Aparecida, Frei Paulo, Pinhão e Pedra Mole. Indiretamente todos os demais municípios atendidos pela regional do Sertão ganharam maior oferta de água com a ampliação do sistema de abastecimento. Segundo registros da Deso, no período de estiagem deste ano, considerado o mais intenso das últimas três décadas, nenhuma sede municipal sergipana atendida pela adutora ficou sem água.

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