Adutora do São Francisco sustenta oferta de água na Grande Aracaju
A seca que afeta mais de 10 milhões de pessoas de seis estados do Nordeste brasileiro tem prejudicado o abastecimento de água não só no interior, mas também na capital de alguns estados. Desde fevereiro regiões metropolitanas de Recife e de Maceió precisaram implantar sistema de racionamento devido a falta de chuvas. Em solo sergipano, apesar da estiagem crítica, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) tem mantido a regularidade do serviço na Grande Aracaju, que há quatro anos não sofre com problemas de rodízio. O esforço é resultado de investimentos do Governo do Estado na elaboração de projetos e execução de obras para ampliação da oferta de água.
A duplicação do Sistema de Adutora do São Francisco permitiu que as chances de um racionamento se tornassem pequenas na Grande Aracaju. São 3.000 litros de água por segundo aduzidos do Velho Chico para 70% da região metropolitana, quase o dobro do que era produzido até 2009. Com essa captação, a Deso tem trabalhado para garantir que não falte água nas torneiras da população, mesmo tendo que suprir a deficiência de produção de outros três mananciais: Poxim, Ibura, Pitanga. Esses rios perderam em média a metade da capacidade neste período de prolongada estiagem.
Mais que a implantação de quilômetros de tubos, o Governo do Estado investiu na instalação de quatro novos conjuntos de motobombas, o que possibilitou a captação e transporte de mais água a partir de 2010. E os investimentos feitos por meio da Deso, na ordem de R$ 127.748.027,41, ainda não pararam. Hoje, a empresa executa obras de ampliação das Estações de Tratamento de Água (ETA) João Ednaldo e Oviêdo Teixeira. Ambas integram o Sistema do São Francisco e terão capacidade de reserva dobrada.
“O conjunto de obras do Sistema São Francisco tem base em projeto que prioriza desde a captação, adutora, Estação de Tratamento de Água e caixa de passagem. Toda essa estrutura permite que o processo de abastecimento de água para a Grande Aracaju seja mais eficiente e seguro”, explica o diretor-presidente da Deso, Antônio Sérgio Ferrari Vargas, citando que o investimento em tecnologia completa o ciclo de otimização da adutora. Isso porque os medidores analógicos deram lugar a instalação de painéis com mostradores digitais que aumentam a segurança e controle de produção de água.
Falta e excesso
Além de Sergipe, nos estados da Bahia, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco a chuva incide apenas em pontos isolados, o que segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem gerado redução de fontes de abastecimento. No geral, o índice de precipitação nos seis estados nordestinos está 75% abaixo da média. Historicamente o período considerado crítico para a produção de água é de dezembro a abril. Por isso, mesmo conseguindo manter o fornecimento de água, a Deso faz o alerta de que a estiagem que se prolonga é considerada a pior do Nordeste em 30 anos.
A empresa recomenda que para a água não faltar também é preciso saber usá-la. “A população precisa se sensibilizar cada vez mais sobre a importância do uso racional do bem essencial e escasso”, aponta Sérgio Ferrari. Para conscientizar a população sobre a importância do uso consciente e necessário da água, a Deso desenvolve um trabalho permanente de educação ambiental em escolas e comunidades, onde medidas singelas e fundamentais na preservação do bem coletivo são ensinadas.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Adutora do São Francisco sustenta oferta de água na Grande Aracaju – Fotos: Ascom/Deso