[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O Projeto Cidade Viva, que ocorreu no último sábado, dia 16, por iniciativa da Prefeitura Municipal de Aracaju, mostrou à população os serviços que executa em benefício da cidadania. As secretarias municipais montaram estandes informativos e demonstraram de que forma atuam no bairro Santa Maria, local onde ocorreu o Projeto. Crianças e adolescentes atendidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) deram um show à parte com a apresentação de espetáculos, que despertaram a curiosidade dos presentes.

A Semasc apresentou aos presentes os resultados positivos alcançado pelos programas sociais executados no bairro, especialmente para atender crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social. Os adolescentes atendidos pelo Programa Agente Jovem montaram uma peça teatral, com exclusividade para apresentar neste evento com o objetivo de conscientizar a população de seu bairro sobre violência. A peça intitulada “Violência no Cotidiano”, com 20 minutos de duração, foi encenada por 20 adolescentes, que arrancaram aplausos da comunidade do bairro.

Os adolescentes montaram o espetáculo, dividindo-o em cinco cenas. Na primeira cena “As fofoqueiras”, os adolescentes fizeram uma abordagem geral sobre a violência. A cena seguinte retratou a “violência contra a mulher”, destacando a violência doméstica. A “violência policial” foi abordada na terceira cena e na quarta cena, os adolescentes retrataram as conseqüências mais drásticas, tendo como tema central “O assassinato”, numa abordagem relacionada a crimes cometidos contra garotas de programa.

Na quinta cena, intitulada “ônibus preconceituoso”, os adolescentes retrataram a discriminação a que são submetidos em transportes coletivos. E, na última cena, com o título “Olha a faca”, os adolescentes abordaram a violência vivenciada em estádios de futebol.

Para os adolescentes, que se apresentaram pela primeira vez no bairro Santa Maria, esta foi uma experiência única. A adolescente Deuzamar Góis Lima, 16 anos, conta que as cenas foram criadas pelos próprios adolescentes com o auxílio do educador social Rivaldino Santos. “É a primeira vez que monto uma peça e vou me apresentar fora do Centro de Referência da Assistência Social”, diz, demonstrando emoção. “Nós todos trabalhamos juntos na montagem da peça e criamos, nós mesmos, com a ajuda de Rivaldino. Trabalhamos muito e foi muito bom ver o resultado final”, revela Deuza, como é conhecida entre os amigos. “A minha expectativa é que as pessoas assistam e se conscientizem e se alertem do que acontece no bairro”, complementa ainda a jovem.

Há quase um ano no Programa, Deuzamar conta que sua vida se transformou depois de fazer parte das atividades do Programa Agente Jovem. “O Agente Jovem é como família para mim e chegou na hora certa”, revela. “Quando eu soube que ia participar do Programa, tive uma alegria imensa que até hoje eu sinto. O Agente Jovem mudou meu jeito de pensar e de agir. Antes eu era uma pessoa sem noção da realidade, depois (que ingressou no Programa) eu virei outra pessoa: me envolvo mais com o que se passa a minha volta e, por isso, eu tento aproveitar ao máximo esta oportunidade”, complementa.

“Hoje é a estréia da nossa peça que foi feita para denunciar a violência que acontece aqui no Santa Maria e em outros bairros. Esta peça foi um desafio, pois montamos o roteiro em apenas quatro dias”, comenta Juliana Patrícia Santos, de 17 anos, uma das atrizes da peça. “Eu creio que a nossa peça é importante para desfazer o preconceito que existe com o bairro porque dizem que aqui só tem marginal. Nossa peça é para mostrar que os jovens do Santa Maria podem fazer algo de bom”, completa Caio Nunes de Fraga, de 17 anos. Ele relata as mudanças que o Agente Jovem provocou em sua rotina. “O Programa mudou o meu modo de me expressar: eu criei um olhar crítico, eu aprendi a brigar e defender os meus direitos”, afirma Caio Nunes.

A montagem e apresentação do espetáculo também envolveu adolescentes do Projeto Jovem Aprendiz, que, egressos do Agente Jovem, integram o Curso de Monitores em Teatro e Dança promovido pela Semasc na perspectiva de prepará-los para o mercado de trabalho. “Foi uma experiência diferente deixar de ser, simplesmente, aluna para se tornar monitora”, observa Patrícia Alves dos Santos, 18 anos, que faz parte do Curso de Monitoria. “A peça é um esquete sobre a violência. Os alunos deram as opiniões sobre a situação do bairro em que vivem, montaram e, nós da monitoria, apenas acompanhamos este processo. Isso mostra o quanto eles realmente se esforçaram” , conta.

Receptividade

A população do bairro Santa Maria acompanhou atentamente a apresentação dos jovens reagindo com aplausos, risos e expressões de surpresa a cada cena. Pessoas de todas as idades assistiam a performance dos adolescentes sem tirar os olhos por um segundo do que lhes era apresentado. O pouco espaço e o fato de a maioria ficar em pé não incomodou os presentes, que aplaudiram freneticamente ao final da apresentação. “Eu achei que a apresentação fez um retrato do que o Santa Maria tem e essa peça é uma forma de chamar a atenção para que as pessoas mudem”, observa o professor Cláudio Roberto, morador do bairro. “A peça também serve para os jovens se conscientizarem para que brigas em estádios não aconteçam mais. O teatro foi importante não só para mim mas para todos do bairro”, complementou o professor.

De mesma opinião é a estudante Valéria Santos, residente no bairro, que também assistiu ao espetáculo. “A peça foi ótima porque eles visaram a violência que acontece no bairro e isso mostra à população a realidade do bairro”, afirma Valéria. Para Jucikleting da Silva Ferreira, que também mora no bairro, a peça é instrutiva. “Eu achei que eles mostraram uma realidade que acontece hoje em dia e, vendo esta peça, as pessoas podem querer mudar”, afirma Jucikleting. A estudante e moradora do bairro Luciana Dias Andrade revela que a peça é muito interessante. “Eu gostei. A peça é muito interessante porque mostra a realidade que existe tanto nos bairros quanto nos estádios. Eu acho que ela serve para que as pessoas olhem à sua volta e tomem como lição para sua vida”, comentou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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