Adolescentes atendidos pela Semasc protagonizam programas sociais
Quinze adolescentes que fazem parte do Projeto Criança Cidadã participaram ontem ativamente do processo de planejamento e da elaboração das temáticas que serão trabalhadas durante o projeto, a ser executado pelo Programa Municipal de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (Sentinela). Juntamente com a psicóloga do Programa Sentinela, Laruse Souza, os adolescentes não só viveram um momento de integração como também contribuíram com a criação do novo trabalho apontando a falta de conhecimento sobre alguns temas que envolvem a adolescência, a exemplo da sexualidade, drogas, mudanças físicas e psicológicas e a família.
Segundo a psicóloga Laruse Souza, o objetivo do projeto é trabalhar assuntos que despertem interesse e transmitam importantes informações a esses adolescentes. “A proposta do projeto é fazer com que eles participem diretamente das atividades e, para isso, são eles que irão escolher os temas que serão discutidos e o próprio nome do projeto. Isso vai fazer com que eles percebam a importância do trabalho e mostra que eles também têm responsabilidade nessa ação”, afirma a psicóloga.
Os adolescentes ficam encantados com o projeto. “Esse projeto vai ser muito importante porque eu quero aprender mais sobre as mudanças do corpo e a sexualidade porque são assuntos que não tenho muito conhecimento”, diz a adolescente Natane dos Santos, 16, inserida no Projeto Criança Cidadã. “É por isso que eu gosto do Projeto. Ele só vem me ajudando a adquirir novos conhecimentos”, complementa.
Natane é uma das adolescentes que era obrigada a trabalhar para ajudar na renda familiar e que hoje, em função dos programas sociais da PMA. “Quando eu não estava no Projeto, eu só vivia doente porque precisava trabalhar na lixeira do bairro Santa Maria. Nesses três anos de Projeto minha vida mudou muito. Minha rotina é outra: escola e Projeto. E isso faz com que eu veja meu futuro de outra forma. Ele me deu esperança”, revela a adolescente.
A adolescente Diana Soares,14, que também faz parte do Projeto Criança Cidadã, sabe bem dessa necessidade de debater esses assuntos relacionados à sexualidade e adolescência. “A gente é adolescente e precisa falar sobre esses assuntos para evitar doenças sexualmente transmissíveis quando a gente começar a ter relação”, diz a adolescente com um olhar de curiosidade.
“Eu sinto falta de debater esses assuntos em minha casa desde que minha mãe faleceu, pois minha avó não admite essa conversa. Então, o Projeto me dá essa oportunidade e eu aproveito porque passo para minhas amigas para que elas fiquem esclarecidas também. Nesses seis meses que estou no Projeto só foi de felicidade porque agora meu futuro eu vejo de outra forma”, confessa.
O nome do projeto será escolhido hoje, terça-feira. O grupo de adolescentes que ganhar com a escolha do nome será premiado com brindes. O projeto, que está em fase de elaboração, será ministrado por profissionais que trabalham no Programa Sentinela. Eles irão debater variados temas que envolvem a adolescência e sexualidade para um grupo de 60 crianças e adolescentes inseridas no Programa de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (Sentinela), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Projeto Criança Cidadã e os adolescentes da própria comunidade do bairro José Conrado de Araújo.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]