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Adolescentes do abrigo Izabel Abreu, unidade protetiva da Fundação Renascer, tiveram uma manhã recheada de solidariedade e muito aprendizado durante visita ao asilo Rio Branco, em Aracaju. Apesar de serem de faixas etárias distintas, as acolhidas observaram que na maioria dos casos os idosos vivenciaram as mesmas situações que as conduziram ao abrigo, que são abandono, risco social ou violência.

Durante a visita, realizada na última sexta-feira, 24, as adolescentes não conseguiram conter a emoção ao ver a imagem de familiares refletida nos assistidos pelo asilo. Elas também puderam ver que o asilo não é um local de tristeza, mas um campo fértil de solidariedade, amor e respeito mútuo.

Antes de visitar as dependências do asilo e ter contato com os seus assistidos, as adolescentes e a equipe técnica conversaram com a psicóloga Ana Raquel dos Santos, que falou um pouco sobre a instituição, que atualmente abriga 58 idosos. A psicóloga lembrou que, com a mudança na legislação, houve uma redução nos registros de abandono dos idosos, no entanto, os casos de violência continuam a acontecer dentro de casa.

“A família pode achar que está se livrando de um fardo, mas ao trazer o idoso para o asilo está fazendo um bem para ele, que vai ganhar em qualidade de vida”, ressaltou Ana Raquel, lembrando que existem casos de idosos que chegaram ao asilo de forma voluntária e outros em que o assistido foi reinserido na família.

No passeio pelas dependências do asilo, as adolescentes puderam trocar experiências e receber conselhos. “Respeitem suas famílias. Ela é o único bem que vocês têm. Dinheiro não é nada, gestos simples significam muito. Carinho, atenção dos pais, avós, tios ou irmãos são coisas boas. Cuidem deles, porque quando vocês precisaram de cuidados foram eles quem estavam lá. Vai chegar a vez de vocês cuidarem deles”, disse uma das assistidas, de 65 anos.

De acordo com Rita de Cássia, assistente social do abrigo do Isabel Abreu, a intenção da equipe técnica da unidade foi promover o intercâmbio intergeracional, para que tanto adolescentes quanto idosos pudessem conhecer as suas realidades.

“Foi uma visita positiva, em que todos nós aprendemos. As acolhidas puderam visualizar e conhecer situações de abandono por parte da família e violência, percebendo semelhanças entre a história de vida da faixa etária delas com a dos idosos. Com certeza os ensinamentos adquiridos aqui terão continuidade no abrigo e servirão para toda a vida delas”, avaliou Rita.

Quem também acompanhou as acolhidas foi a psicóloga Anita Linhares, do abrigo da Fundação Renascer. Segundo ela, a visita ao asilo serviu para intensificar valores como respeito, solidariedade e cidadania.

“Aqui elas puderam vivenciar a importância de cuidar da família e refletir que chegaremos nesse estágio, onde se precisa de uma atenção especial”, salientou.  Além da assistente social e da psicóloga, três estagiárias – pedagogia, psicologia e assistência social – participaram da visita.

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