Professores fazem excursão pedagógica à Ilha de São Pedro

No dia em que a capital sergipana completou 154 anos, um grupo de professores da Diretoria Regional de Educação, que abrange os municípios da Grande Aracaju, realizaram uma excursão étnico-histórica, denominada “A escola vai à Aldeia”, com destino à Ilha de São Pedro, reserva indígena dos índios da Tribo Xokó.

Direcionada a 80 professores das disciplinas História, Sociedade e Cultura, Cultura Brasileira e Geografia, a ação faz parte da formação continuada dos docentes. “Essa foi uma oportunidade encontrada pela Diretoria para proporcionar aos educadores a ampliação do conhecimento e aprimoramento profissional”, afirmou a técnica Joanelice Santana. Eles partiram às 5h do dia 17, de Aracaju, e fizeram visita à Comunidade Mocambo, passeio de Barco pelas águas do rio São Francisco e trilha ecológica.

Segundo o coordenador administrativo da DRE 8, Luiz José de Souza, a excursão foi muito essencial  já que muitos professores nunca tiveram a oportunidade de ir a lugares que formam a identidade cultural sergipana. “As informações colhidas durante a excursão representam um elo de divulgação da luta do índio e sua resistência para que, em sala, o educador possa repassar para os estudantes a luta do povo Xokó”, relatou o coordenador.

A programação diversificada do passeio contou com a exibição de videodocumentários sobre os Índios brasileiros e a tribo Xokó, distribuição de apostilas sobre as comunidades quilombola e indígena da Ilha e palestra na reserva indígena com o ex-cacique Xokó Apolônio sobre a luta da tribo na retomada Caiçara.

Foi também realizado o lançamento do DVD “História não tem hora”, das professoras Telma Costa e Adilma Pinto, integrantes do Colégio Estadual Poeta José Sampaio, no Parque dos Faróis, município de Nossa Senhora do Socorro.

O projeto

O projeto “A Escola vai à Aldeia” faz parte da programação do planejamento anual da pasta Diversidade Cultural, que tem o propósito de fornecer subsídios pedagógicos aos educadores, contribuindo para o processo de reflexão sobre as questões que dizem respeito aos remanescentes da tribo dos índios Xokó, ocupantes da margem direita do Vale do rio São Francisco desde o século XVII.