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A Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) divulgou os projetos aprovados no Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada de Saúde (PPSUS), que traz a temática dengue. O edital 12/2008  busca, a partir de fomento à pesquisa, promover o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação na aérea de saúde, mediante ao financiamento de projetos que pensem políticas públicas que visem sanar a problemática da dengue em Sergipe.

O PPSUS é fruto da parceria entre o Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq), Governo do Estado de Sergipe, Fapitec e Secretaria de Estado da Saúde. “Cada Estado tem suas demanda específicas no que diz respeito à saúde e o PPSUS trabalha exatamente estas diferenças. Este programa traz para a sociedade um modo novo de se pensar políticas públicas para a saúde, de forma democrática e obtendo resultados positivos”, apontou diretor-presidente da Fapitec, Ricardo Santana.

Para o edital PPSUS dengue, foram destinados R$ 135.000,00 e dois pesquisadores foram contemplados por este recurso, a professora Cláudia Moura de Melo, do Instituto de Tecnologia e Pesquisa da Universidade Tiradentes e o professor Sócrates Cabral de Holanda Cavalcanti, da Universidade Federal de Sergipe.

Projetos aprovados

Desde 2003, o professor Sócrates Cavalcanti desenvolve estudos sobre a dengue, juntamente com o seu grupo de pesquisa Ecologia e Controle de Parasitas e Vetores. Na época, o foco de sua pesquisa era encontrar métodos de controle do Aedes aegypti através de testes de extrato e óleos essenciais de plantas que combatiam larvas do mosquito da dengue.

“As plantas produzem, naturalmente, compostos com ações inseticidas e repelentes para se protegerem contra a ação dos insetos em suas folhagens. Na época descobrimos que o óleo essencial da Alfazema de Caboclo, uma planta local é ativo contra as larvas e o composto responsável por isso é o Carvacrol”, contou o professor. Este projeto desenvolvido no ano de 2003 foi financiado pela extinta Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sergipe, atualmente Fapitec.

Hoje a pesquisa desenvolvida pelo professor Sócrates (beneficiado pelos recursos do referido edital) visa estudar a resistência dos mosquitos da dengue aos inseticidas já utilizados para o seu combate e buscar novos métodos de controle deste vetor, a partir de estudos de atividade de terpenóides, óleos essenciais e extratos de vegetais de espécies nacionais.  Segundo Cavalcanti no atual estágio de conhecimento científico, a medida para controlar a infecção causada pelo vírus da dengue é o controle de seu principal vetor urbano o Aedes aegypti.

“Vários inseticidas sintéticos têm sido utilizados ao longo dos anos no combate ao Aedes. aegypti. No entanto, a crescente resistência dos mosquitos a estes inseticidas tem levado a um grande interesse no desenvolvimento de novos inseticidas, bem como incentivado a busca de novas fontes com poder larvicida. A utilização de ferramentas de monitoramento da resistência dos vetores e de produtos naturais extraídos de plantas e seus derivados semi-sintéticos constituem uma boa alternativa para esses fins”, destacou Cavalcanti.     

Para o pesquisador, o papel deste edital é fundamental. “A única maneira de reduzir o índice de mosquitos resistentes está no monitoramento constante da resistência e a descoberta de novos métodos de controle e é aí onde está o papel importantíssimo da Fapitec no financiamento de pesquisas que visem suprir as necessidades existentes de monitoramento e controle do Aedes aegypti.” Atualmente no projeto estão envolvidas 20 pessoas entre professores, estudantes de mestrado e estudantes de iniciação científica.

O outro projeto aprovado foi o da professora Cláudia Moura de Melo que pretende avaliar os índices de infecção causados pelo Aedes Aegypti e qual o grau de risco de transmissão da doença em três localidades: Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão. Estes aglomerados urbanos são considerados áreas de importância epidemiológica para a dengue, as amostras serão realizadas em três espaços com diferentes condições de saneamento básico e estrutural das moradias e outras edificações. O estudo terá período de um ano.

A pesquisadora espera identificar a densidade populacional de mosquitos da dengue nestes locais e como esta densidade vária entre os períodos chuvosos e secos. Será feita uma correlação entra as condições estruturais encontradas nas áreas de estudo (falta de saneamento básico, número de terrenos abandonados, coleta de lixo) e o número de casos de dengue entre a população e a densidade populacional do Aedes aegypti.

Os resultados servirão para orientar o trabalho dos profissionais envolvidos no Programa de Controle a Dengue do Estado de Sergipe, quanto aos novos métodos de controle e monitoramento do mosquito. É importante destacar que nenhum dos dois projetos financiados pela Fapitec/SE utilizam experiências com animais para alcançar os objetivos esperados por seus pesquisadores.  
      
PPSUS em Sergipe

Em Sergipe, o Programa atuou, no âmbito do fomento à pesquisa, com três editais, lançados sob a gestão da extinta Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sergipe (FAP/SE), quando foram envolvidos recursos da ordem de mais de R$ 600 mil, aplicados no financiamento de 25 projetos de pesquisa. Já no âmbito de desenvolvimento institucional, foram investidos recursos para a implantação na Secretaria de Estado da Saúde, do Núcleo de Ciência e Tecnologia em Saúde (NCTS), instância de C&T voltada para a formação e o aprimoramento de políticas públicas de saúde.

O Edital 06/2007 foi o primeiro, do PPSUS, lançado sob a gestão da Fapitec/SE. As 11 propostas qualificadas estão sendo financiadas com recursos estimados em R$ 450 mil, dos quais R$ 300 mil são oriundos do Decit e repassados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e o restante, referente à Fapitec/SE, é proveniente do Fundo Estadual para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funtec) e da SES, através do Fundo Estadual de Saúde.

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