Técnicos discutem estratégias para fortalecer o controle da tuberculose
De acordo com Marco Aurélio Góes, gerente de Doenças e Agravos Transmissíveis da SES, o objetivo é implementar medidas que possibilitem o acompanhamento supervisionado do paciente, sobretudo durante os seis meses em que o tratamento é realizado. Hoje o principal problema que envolve as discussões sobre a tuberculose é a falta de adesão por parte do paciente ao tratamento, que é longo e não pode ser interrompido.
"Temos um programa de controle que funciona bem em todo o Estado. As ações para o diagnóstico já são descentralizadas e hoje todos os municípios do Estado também estão aptos a realizar o tratamento da tuberculose nas unidades de saúde da família. Entretanto, não adianta disponibilizar o serviço, capacitar profissionais e disponibilizar o medicamento, se o usuário não seguir as orientações de forma correta", afirma Marco Aurélio.
Segundo o gerente, além dos riscos de aumentar as incidências da doença junto à população, outro aspecto muito importante que deve ser analisado em relação à desistência do tratamento da tuberculose por parte do usuário está na possibilidade do aumento da resistência bacteriana, o que obriga o desenvolvimento de medicamentos novos e cada vez mais fortes.
Atenção Básica
O assessor do Departamento de Vigilância Epidemiológica da SVS, Ricardo Gadélia, destacou que o fato de Sergipe apresentar atualmente um bom desempenho na cobertura do Programa Saúde da Família favorece consideravelmente as possibilidades de reforçar o controle da tuberculose em todo o território.
Para ele, o eixo do debate quanto às estratégias de controle da doença está justamente no importante papel desempenhado pela rede de Atenção Básica e a forma como ela se articula com o trabalho da Vigilância Epidemiológica nos municípios. "Quanto mais organizada for a Atenção Básica, maiores são as chances de ter um controle mais efetivo", explica o assessor.
Ricardo Gadélia comenta ainda que para criar estratégias de supervisão ao tratamento da tuberculose é necessário que os profissionais do PSF – médicos, enfermeiros, auxiliares, ou até os próprios agentes comunitários de saúde – façam um acompanhamento rigoroso do tratamento, sobretudo com necessidade de visitas domiciliares durante os seis meses de tratamento.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Técnicos discutem estratégias para fortalecer o controle da tuberculose – Foto: Márcio Garcez / Saúde