[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Cada um dos grupos de pé-de-serra que se apresentou no arraial Lampião e Maria Bonita, na entrada do Arraiá do Povo, na Orla de Atalaia, desceu do palco com uma inédita certeza: a da recompensa pela contribuição com a festa. Pela primeira vez nos festejos juninos do Estado, os músicos receberam seus cachês logo ao término de suas apresentações. Na noite desta quinta-feira, 5, o presidente da Empresa Sergipana de Turismo, José Roberto Silva, e a secretária de Estado da Comunicação Social, Eloísa Galdino, fecharam a noite com a entrega de um cheque simbólico à atração do dia.

Para o presidente da Emsetur José Roberto Lima, o gesto simboliza a seriedade com que o Governo trata quem faz a cultura sergipana. "Os festejos juninos são formados principalmente por essa infinidade de trios pé-de-serra que dão sua contribuição anônima à festa. Essa entrega imediata dos cachês demonstra nosso respeito e consideração com eles e nosso compromisso em fornecer tratamento igual para todas as atrações", disse.

Lima lembrou ainda que, há alguns anos, a realidade dos músicos era bem diferente. "Toda vez que acabavam os festejos, havia uma tradicional fila de instrumentistas esperando seus pagamentos. Agora, não temos mais isso", destacou. Ainda para o presidente da Emsetur, o investimento nas raízes é o caminho para o fortalecimento da identidade cultural e, por extensão, do turismo. "Nenhum destino turístico se desenvolveu esquecendo suas origens. Quem visita Sergipe está sempre buscando o diferente, o original. Por isso precisamos preservar e perpetuar tudo o que nos dá um rosto, como esses trios pé-de-serra. É a sobrevivência da nossa identidade enquanto povo".

Já a secretária de Estado da Comunicação, Eloísa Galdino, destacou que a medida insere as atrações tradicionais como novas variáveis no potencial econômico dos festejos juninos. "Os festejos movimentam economia, dão emprego e renda, e sabemos que isso é continuado quando pagamos o cachê dos músicos. O pagamento dos cachês marca nosso compromisso com a valorização da atividade cultural do nosso Estado. E simboliza, sobretudo, mudança".

Recompensa e reconhecimento

Logo depois de apresentar ao público um repertório constituído por forró tradicional, xote e muito xaxado, o grupo Caçulas Nordestinos se somou à lista das atrações contempladas com o pagamento imediato dos cachês. O zabumbeiro José Valdene não escondeu sua satisfação. "Essa foi a primeira vez em que me deparei com algo assim. Com esse dinheiro vou poder investir no meu instrumento e até completar a renda familiar", contou.

Já Josinaldo Barbosa dos Santos, que comanda o triângulo do grupo, destacou a tranqüilidade de se tocar sabendo do recebimento. "É bom demais porque não precisamos ficar esquentando a cabeça com isso. Pretendo investir um pouco na carreira com o pagamento". O sanfoneiro e líder do Caçulas Nordestinos, Antônio Mariano, estava ofegante de tanto animar o público. Mas não hesitou em demonstrar sua prórpia animação. "Sabe o que é tocar tranqüilo sabendo que será recompensado por levar forró a todos? Bem, eu sei".

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.