SSP e Petrobras preparam ações contra furtos de equipamentos

O Governo de Sergipe firmou por meio da Secretaria da Segurança Pública (SSP) uma parceria com a Petrobras para intensificar o combate e a prevenção a furtos de peças e equipamentos da empresa em campos de produção instalados no interior de Sergipe. O acordo foi firmado na manhã desta sexta-feira, dia 16, entre o secretário de Estado da Segurança Pública, Kércio Silva Pinto, e o gerente-geral da Unidade Sergipe-Alagoas (UN – SE/AL) da Petrobras, Eugênio Dezen.

Além do fortalecimento das investigações, foram pré-definidas medidas como campanhas de conscientização para a população e reuniões com membros do Poder Judiciário e prefeitos de cidades da região do Vale do Cotinguiba, uma das principais áreas de extração petrolífera no Estado. A meta é fazer o público parceiro da Polícia Civil e da Polícia Militar no combate a esse tipo de crime, tornando a punição mais severa para evitar a reincidência.

"Embora não saiba, o cidadão comum vem sendo muito prejudicado por alguns furtos contra a Petrobras. Acontece que o descaminho de peças da empresa pode, por exemplo, paralisar a extração de petróleo do subsolo por algumas horas e isso reduz a produção e, por conseqüência, o repasse de royalties para aqueles municípios onde a Petrobras atua. Acontece que esses impostos são usados pelas prefeituras em serviços básicos, como saúde, obras e educação. A idéia é que as pessoas colaborem com a polícia". explicou Dezen.

O secretário Kércio Pinto lembrou que diversas pessoas já foram presas durante 2007 e 2008 por furto ou receptação de produtos como fios elétricos de cobre, transformadores de energia, dutos e registros metálicos, entre outros materiais. "Nossos policiais têm agido fortemente na repressão a esse e outros tipos de crime na região, mas é necessário que a população colabore denunciando. Além disso, é preciso sensibilizar juízes e promotores mostrando que a punição a quem furta ou revende esses equipamentos precisa ser mais severa", ressaltou.

Kércio acrescenta que muitas vezes os infratores flagrados são tratados como se tivessem cometido um simples furto ou uma receptação irresponsável, então acabam libertados facilmente e cometendo novos delitos. "A questão é muitas vezes encarado pelo crime em si, mas a sociedade deve saber que estes delitos causam prejuízos muito maiores à população, pois com a queda na produção as prefeituras deixam de arrecadar centenas de milhares de reais e quem sofre são as pessoas mais carentes, que são assistidas com essas verbas", reforçou.

Também participaram do encontro os gerentes de Produção em Terra, José Marcelo Luceizotto, e de Segurança Empresarial da Petrobras, Fernando Diniz.