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As donas de casa Eliene Costa e Elaine Costa, ambas moradoras do município de Nossa Senhora do Socorro, têm mais em comum do que a mesma cidade em que vivem ou nomes quase iguais: ambas são mães de crianças vivendo com hemofilia que, a partir desta quinta-feira, 15, começaram a receber atendimento domiciliar do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose).

Um grupo multidisciplinar do hemocentro, composto por psicóloga, odontológo, fisioterapeuta, enfermeira, hematologista, assistente social e biomédica, visitou as duas famílias, que são vizinhas no conjunto João Alves Filho. O principal critério utilizado para selecionar quem recebe as visitas, que acontecerão todas as quintas-feiras, é a avaliação de seu perfil sócio-econômico, com foco na dificuldade de locomoção do paciente até o Hemose.

Como as famílias de Eliene e Elaine são beneficiadas com recursos do programa federal Bolsa-Família, elas se enquadram no público alvo da iniciativa e foram atendidas prioritariamente.

"Eu nunca fui atendida desse jeito, com tanta atenção. A gente só tem mesmo é que agradecer porque estamos sendo tratados como gente que merece respeito", disse Eliene, bastante emocionada, ao lembrar que seu filho já é assistido pelo Hemose há dois anos.

Também muito feliz com a iniciativa do Hemose, Elaine completou as palavras da vizinha. "Imagine como era difícil para nós termos que sair daqui até o Hemose para tratar dos meninos. Eu estou muito contente mesmo porque as crianças estão tendo todo o cuidado", destacou ela, que descobriu a hemofilia do filho ainda grávida.

Os pacientes visitados pelos profissionais terão direito aos medicamentos necessários fornecidos gratuitamente pelo Hemose, além da Dosagem Domiciliar de Urgência (DDU) que o órgão disponibiliza para cada paciente em casos de urgências nos finais de semana. Segundo a enfermeira Cristina Mares, a dosagem é mantida em casa dentro de um refrigerador para que seja conservada em temperatura adequada.

"Os cuidados com os pacientes hemofílicos devem ser redobrados, tanto pela família, como pela equipe médica, uma vez que em momentos de crise as pernas e os pés dos pacientes e eles têm dificuldade de andar", informou, ao acrescentar que um dos maiores problemas que o hemofílico enfrenta é o desconhecimento e falta de informações da comunidade sobre a doença.

Capacitação

De acordo com a médica Mariamália Andrade, diretora técnica do Hemose, está planejado para os próximos dias um treinamento que envolverá as famílias dos pacientes e técnicos de enfermagem, agentes das unidades básicas de saúde da capital e Grande Aracaju, para receber instruções sobre como atender os pacientes portadores de hemofilia. 

A hemofilia é uma doença genética caracterizada pela deficiência de fatores de coagulação sangüínea VII e IX, que causam hemofilia A e B respectivamente. Atualmente, o Hemose atende a cerca de 100 pacientes cadastrados oriundos da capital, Grande Aracaju, interior e estados vizinhos como Bahia e Alagoas.

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