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Moradora do bairro Coqueiral, em Aracaju, há quase oito anos, dona Elisabete dos Santos já passou por uns maus bocados para cuidar dos seus cinco filhos, todos menores de sete anos. "Agora eu moro nessa casa alugada porque a minha vivia alagando", conta. A proximidade com o mangue, as enchentes, a falta de saneamento básico e de abastecimento de água na região rendiam uma rotina de pneumonia, verminoses e ameaças de dengue para as crianças.

Porém, bem pertinho da casa alugada de Dona Elisabete, foi montado na última semana o canteiro de obras da empresa contratada pelo Governo do Estado para mudar a realidade de pessoas como Dona Elisabeth. Por meio de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) comanda a construção, em vários bairros da capital, de sistemas de esgotamento sanitário. Até 2010, a parceria entre Governo Federal e Governo de Sergipe resultará em um investimento de R$ 188.531.320,23 na capital nessas áreas.

Na lista das obras estão incluídas localidades como o bairro São Conrado, Santa Maria, Salgado Filho, Ponto Novo, Suíssa, Coroa do Meio e Atalaia. No Coqueiral, as obras são mais abrangentes. Vão garantir a construção de um sistema de drenagem, esgoto e abastecimento de água, por meio do Governo do Estado através da Deso.

O trabalho já começou. As máquinas instaladas na rua da família de Elisabete começaram a construir o sistema de drenagem. O aparato formado por tratores, manilhas, grandes tubos e operários vai garantir uma vida distante dos problemas causados pelo alagamento. "Graças a deus a drenagem já está chegando e está melhorando. Aqui é muita água, mosquito e tudo", relata a dona-de-casa Maria Carmelita Gaia, também moradora do Coqueiral.

Em algumas ruas do bairro, falta apenas a colocação de bocas de lobo para finalizar o trabalho. "O serviço começa pela drenagem. Depois vem a parte de terraplenagem, rede de esgoto e a de água. Atualmente eles têm péssimas condições de moradia. Em seguida viverão numa situação normal", afirma o engenheiro da Sercol, empresa vencedora da licitação para a obra, Luiz Carlos Rangel.

O serviço envolve a colocação de 5.969 metros de tubulações e galerias para a drenagem, 25.242 metros de rede coletora de esgoto, com três estações elevatórias e 20.027 metros de rede de distribuição de água com 2510 ligações domiciliares. O investimento nas três frentes é de R$7.577.047,10.

O sistema de esgotamento também chega ao bairro Santa Maria, com a construção de 40.881 metros de rede coletora, duas estações elevatórias (sistema de esgoto) e 3.078 metros de tubulações e galerias para a drenagem. No Santa Maria, contando também com o sistema de abastecimento de água a ser construído, serão alocados R$12.455.179,48.

Outros bairros

O esgotamento sanitário também vai chegar ao bairro Farolândia. São R$ 9.204.620,53, investidos, 41.300 metros de rede coletora implantados em quatro sub-bacias de esgotamento sanitário. A população atendida é de 31.535 habitantes, com 6.421 ligações domiciliares.

O benefício também chega ao bairro São Conrado. O investimento por lá é de R$ 2.944.258,06, com cerca de 12.800 habitantes beneficiados, 3.214 ligações domiciliares, 9.700 metros de rede coletora e três estações elevatórias. "A mudança será importante porque hoje os dejetos são lançados no rio Poxim, poluindo as águas", comenta o engenheiro civil da Deso, Charlles Adriano Silva Alves, responsável pelo gerenciamento dos projetos.

Parte dos bairros Atalaia e Coroa do Meio recebem também sistema de esgotamento, melhorando a vida de aproximadamente 11.274 habitantes, com 1200 ligações. A rede coletora é de 8.169 metros. O mesmo ocorre no Bairro Jardins e loteamento Garcia, com 356 ligações domiciliares, 18.067 metros de rede coletora e duas estações elevatórias e 22.205 habitantes beneficiados aproximadamente. Já no Ponto Novo serão feitas 2.880 ligações domiciliares, 26.778 metros de rede coletora. São cerca de 27.843 habitantes beneficiados.

A construção dos sistemas de esgoto envolve ainda os bairros Suíssa e Salgado Filho, beneficiando 13.814 habitantes. "Hoje na maioria desses locais o sistema de tratamento é individualizado, por meio de fossas e sumidouros. Principalmente nos locais mais carentes, o saneamento trará a melhoria da qualidade de vida aos moradores e benefícios ao meio ambiente que não sofrerá mais o impacto dos dejetos, geralmente despejados nos rios", comentou Charlles.

Além disso, serão ampliadas duas estações de tratamento em Aracaju, a ERC Sul (Estação de Recuperação da Qualidade das Águas) e ERC Oeste, que terão a sua capacidade de tratamento duplicada.

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