Residentes participaram de 47,7% das cirurgias gerais realizadas no HUSE
Os médicos residentes do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) tiveram uma participação significativa no serviço de Cirurgia Geral durante o primeiro ano do programa de Residência Médica, em 2007. Segundo dados da coordenação da Residência Médica, os dois médicos residentes na área de Cirurgia Geral, Felipe Brasileiro e Lucas Meira, participaram no ano passado de 742 cirurgias gerais, ou seja, 47,7% do total de 1.560 realizadas em 2007.
A cirurgia geral é uma das especialidades mais requisitadas nos atendimentos de urgência e emergência no HUSE e, em 2007, correspondeu a um total de 31,2% das quase cinco mil cirurgias realizadas no hospital. De acordo com o coordenador do curso de Residência Médica do HUSE, o cirurgião Fábio Alves, é possível traçar um perfil das cirurgias realizadas no hospital com base na participação dos residentes neste somatório de procedimentos cirúrgicos.
Segundo ele, a formação que ambos residentes vêm recebendo os permite atuar em qualquer hospital do mundo. "As cirurgias em que eles mais atuaram são as mais demandadas na especialidade, tanto na área de trauma, como em cirurgias eletivas", explica Fábio Alves.
Autonomia
De acordo com o médico residente, Lucas Meira, a experiência obtida nesse primeiro ano de formação na especialidade de Cirurgia Geral no HUSE já o permite atuar com bastante autonomia na realização das principais cirurgias, como as de apendicite. Para ele, a qualidade do corpo docente do curso, bem como o grande volume de pacientes que procura assistência na unidade ajudam consideravelmente na formação do residente.
"O que tenho mais a destacar nesse primeiro ano de residência é o modo como todos que compõem a equipe têm se empenhado para nos propor uma excelente formação. O curso de residência terapêutica do HUSE integra excelentes profissionais e todos têm se dedicado ao máximo para que o curso, nesta primeira turma, apresente bons resultados", comenta.
Lucas Meira é formado em Medicina pela Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus (BA), e durante os anos de graduação teve a oportunidade de estagiar por dois meses no setor de pneumologia do HUSE. "Foi nessa época que me encantei pela cidade e simpatizei bastante com o hospital, principalmente com os profissionais que atuam na unidade", recorda Lucas.
Participação
Entre as cirurgias de urgência não-traumáticas, das quais participaram os residentes, as mais comuns foram as de apendicite e de obstrução intestinal, correspondendo a 100 e 60 intervenções, respectivamente. Já em relação aos atendimentos traumáticos, que refletem os casos de violência, como acidentes de trânsito, lesões por arma de fogo e arma branca, os médicos residentes participaram de 103 procedimentos cirúrgicos.
De acordo com Fábio Alves, além dos procedimentos de urgência e emergência, os médicos residentes do HUSE participaram ainda de 283 cirurgias eletivas, que por não requerem a intervenção emergencial podem, por isso mesmo, ser agendadas. Entre as cirurgias eletivas que os residentes mais participaram aparecem as cirurgias de vesícula (56) e aquelas para correção de hérnia, que totalizaram 54.
"São justamente as cirurgias de apendicite, as cirurgias para correção de hérnia e as cirurgias traumáticas relacionadas aos casos de violência as mais demandadas em qualquer parte do mundo na especialidade de Cirurgia Geral", explica Fábio Alves.
Expectativas
Segundo Fábio Alves, a previsão é que a participação dos médicos residentes aumente consideravelmente no total de cirurgias realizadas no hospital. Isto por conta da chegada de dois novos residentes, aprovados no último concurso, assim como pela ativação, ainda este ano, do novo Centro Cirúrgico do HUSE, que contará com nove salas – quatro a mais que a atual unidade em funcionamento.
"A tendência é que, quando formos contabilizar esses mesmos dados no ano que vem, com a atuação de quatro médicos residentes, aumento não só o número de cirurgias, mas a participação de residentes na realização delas", comenta Fábio Alves.
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- 7% das cirurgias gerais realizadas no HUSE – Foto: Márcio Garcez/Saúde