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Sergipe já pode contar com duas unidades de apoio à piscicultura. Na última terça-feira, 25, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), inaugurou no Povoado Serra das Minas, em Campo do Brito, o Berçário de Alevinos e uma Unidade de Processamento de Peixes da Associação dos Criadores de Peixes da Barragem de Campo do Brito (Aspebrito).

"Esse procedimento agregará valores para os piscicultores, pois fará chegar ao mercado a tilápia beneficiada, na forma do filé e subprodutos, cujo comércio é amplo, com preço que dará um retorno significativo aos investimentos que vêm sendo feitos", disse o secretário de Agricultura Paulo Viana, que representou o governador Marcelo Déda nas solenidades que comemoraram a Semana da Água e os 25 anos de fundação da Cohidro. Os eventos reuniram na localidade mais de 640 pessoas, entre autoridades, estudantes, professores, funcionários da Cohidro e trabalhadores rurais.

Durante a solenidade, o presidente da Cohidro, Vander Costa, disse que a empresa comemora 25 anos exatamente no momento que passa por um profundo processo de modernização e reconstrução. "Esse momento não seria possível sem o trabalho em equipe, que montou a eficiente estrutura para que se comemorasse a semana da água, evento que reuniu vários estudantes da localidade e de municípios circunvizinhos, onde receberam informações sobre preservação do meio-ambiente", disse ele.

Projeto de piscicultura

Localizado na barragem Porção da Ribeira, a 53 quilômetros de Aracaju, o projeto de produção de tilápias da Associação de Criadores de Peixes da Barragem de Campo do Brito (Aspebrito) revela, de forma prática, a viabilidade da piscicultura racional. São dez famílias de trabalhadores rurais integrando a associação, todas residentes no Povoado Serra das Minas, onde são criadas as tilápias, em 59 tanques-redes, uma espécie de viveiro. Nele, os peixes ficam numa área delimitada, mergulhados no lago formado pela barragem que tem até 20 metros de profundidade.

De acordo com o agrônomo Francisco Machado de Farias, da Cohidro, responsável pela implantação e coordenação do projeto, o trabalho é novo, mas já traz resultados positivos. Há um acompanhamento tecnológico, de pesquisas e dos investimentos realizados com o apoio do Governo do Estado, incluindo o treinamento intensivo dos piscicultores.

Segundo Farias, são pescados 400 quilos de tilápia, a cada cinco meses, de cada um dos 59 tanques. "Esse período de pesca será reduzido para cada três meses, pois passaremos a usar os alevinos, com peso de 50 gramas, ao invés das três gramas utilizadas atualmente, o que permitirá uma produção maior pelo ganho de peso em menor tempo, assegurando um suporte ao mercado já existente e abrindo novas frentes comerciais".

Para o coordenador do projeto, a produção pode aumentar ainda mais se o número de tanques passar dos atuais 59 para os 300 que a área hídrica comporta. O início do trabalho da Aspebrito teve o apoio da Empresa de Desenvolvimento Rural e Sustentável de Sergipe (Pronese), que financiou a aquisição de 25 tanques-redes, alevinos e ração, disponibilizando R$ 86 mil. O dinheiro restante para ampliação do número de tanques foi conseguido através de financiamento do Banco do Nordeste, com recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).

As 10 famílias da Aspebrito conseguem comercializar, atualmente, 500 quilos de tilápia por semana. A quantidade pode dobrar com a entrada em funcionamento do berçário de alevinos, promovendo mais condições de manipulação para subsidiar os tanques-redes, assim como a unidade de beneficiamento de pescado, que abrirá o acesso a outros mercados, com o fornecimento do filé, preferido para a venda pelas redes de supermercados.

Presenças

Prestigiaram a solenidade os prefeitos Manoel de Souza, de Campo do Brito, Maria Mendonça, de Itabaiana, e Uita Barreto, de Ribeirópolis, o diretor de Crédito de Desenvolvimento do Banese, Edson Caetano, os diretores da Cohidro Vander Costa, Manoel Hora, Wilson Borges e Moacir Vanderley, o presidente da Pronese, José Macedo Sobral, e o superintendente do Departamento Nacional de Obras contra a Seca em Sergipe (DNOCS), Marcionílio Rocha.

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