Seminário discute diversidade cultural na nova TV Pública
A diversidade cultural na produção de conteúdos foi o foco da discussão na manhã do primeiro dia, 25, do Seminário sobre Programação para TV Pública realizado pela Fundação Aperipê. O debate ocorreu logo após o Ato de Assinatura do Termo de Adesão da Aperipê à TV Brasil pelo governador Marcelo Déda e pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal, Franklin Martins.
Os debatedores Tereza Cruvinel, diretora-presidente da TV Brasil; Nelson Hoineff, diretor do IETV; Mário Borgneth, representante da Secretaria Nacional do Audiovisual, e Luiz Alberto dos Santos, secretário de Estado da Cultura, discutiram questões como as possibilidades oferecidas pela TV digital à diversidade cultural, as formas de garantir a expressão das múltiplas manifestações culturais na TV pública e a participação da produção independente na programação.
Tereza Cruvinel ressaltou que a Aperipê TV entra na vanguarda do processo de criação da TV Brasil ao ser a primeira emissora a integrar a nova rede. "Vamos criar possibilidades para a diversidade cultural se expressar na TV pública e fazer com que os brasis não revelados sejam mostrados. Além disso, pretendemos construir uma rede horizontal, e não centrada no eixo Rio-São Paulo", declarou.
De acordo com o secretário de Estado da Cultura, Luiz Alberto dos Santos, é preciso pensar a diversidade cultural para que as emissoras públicas possam concorrer como algo atrativo, e não enfadonho. "Todo povo tem códigos culturais e diversas empresas utilizam esses códigos para atrair o grande público. Nós precisamos descobrir esses códigos para conquistar os espectadores", observou.
Mário Borgneth ressaltou ainda que a diversidade deve estar garantida através da produção independente, bem como na criação de canais efetivos de participação da sociedade. "Não é a diversidade cultural como característica da programação apenas, mas quando assumida nos diferentes planos. Um deles é o da gestão da TV pública", enfatizou.
Nelson Hoineff, presidente do IETV, destacou as mudanças na programação da TV pública diante das inovações tecnológicas. Ele afirmou, ainda, que a TV digital proporciona uma maior diversidade na programação através da participação do espectador. "A televisão pública deve estar na vanguarda da construção de um conteúdo interativo. A TV pública não deve se entender como escola, mas se voltar ostensivamente para expressão televisiva, experimentando e criando formatos", enfatizou.
Seminário
Ainda na quinta-feira à tarde houve a mesa ‘Novas Mídias e Conteúdos: Será o Fim da Verticalidade na TV?’, com a participação de Marcelo Botta, Diretor de Conteúdo do FIZTV, João Vargas do Cultura Ponto a Ponto, da TVE, e Carlos Eduardo Batista, gerente de inovação e pesquisador em TV Digital no Lavid – Laboratório em Aplicações de Vídeo Digital da Universidade Federal da Paraíba.
Nesta sexta-feira, 26, o Seminário começa com a discussão sobre ‘Produção Independente: A produção de conteúdo e o mercado na relação com a TV Pública", com os debatedores Alexandre Patez, da ANCINE; Póla Ribeiro, presidente do IRDEB e diretor de Programação da ABEPEC; Pedro Severien, coordenador da Orquestra Cinema, e o professor Doutor César Bolaño, da UFS e da UNB.
Já na parte da tarde Helena Chagas, diretora de Jornalismo da TV Brasil, o professor Carlos Franciscato, da Universidade Federal de Sergipe, e o diretor de jornalismo da Aperipê TV Cleomar Brandi falam sobre ‘Jornalismo na TV Pública’.
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