Educação Profissional em Sergipe é debatida em seminário
O secretário de Estado da Educação, professor José Fernandes de Lima, abriu na noite da última quinta-feira, 20, o seminário ‘Educação Profissional em Sergipe: Desafios e Perspectivas’. O evento contou com a presença da representante da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Jaqueline Moll, e da presidente do Fórum Nacional de Gestores Estaduais de Educação Profissional, Edna Correa Batistotti. As atividades prosseguiram nesta sexta-feira, 21, no auditório da Faculdade Pio Décimo.
De acordo com o secretário da Educação, Sergipe está passando por um momento novo na área da educação profissional. O resultado disso, segundo o professor Lima, é a ampliação de discussões de políticas públicas destinadas à inclusão social. "O governo definiu a educação como prioridade. Fizemos um diagnóstico e descobrimos que tínhamos um modelo de escola que aceita o aluno, mas que não garante sua permanência em sala de aula, nem seu sucesso", disse.
O secretário também ressaltou que a oferta e ampliação do Ensino Profissional em Sergipe representam uma grande transformação. Em todo o Estado são 3,5 mil alunos matriculados no Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (Cefet) e na Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão. "Encontramos duas escolas de ensino profissional com obras paralisadas. Nesta gestão essas obras foram retomadas para atender inicialmente 960 estudantes no Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, situado em Aracaju, e mais 420 no Centro de Educação Profissional Agonalto Pacheco, no município de Neopólis", informou o professor Lima. Essas unidades oferecerão cursos relacionados à vocação de cada região.
Para a professora Jaqueline Moll, representante da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, o Seminário é um marco para o desenvolvimento do ensino profissionalizante em Sergipe. "Esse é um espaço onde se exerce a democracia. Nesse momento de discussão, diversas ações são delineadas, a exemplo da identidade da educação profissional nas escolas. "Queremos uma Educação Profissional e Tecnológica para todos, de forma igualitária. Não existe educação democrática com a existência de castas", disse.
Durante a abertura do Seminário foram lançados os Anais da 1ª Conferência Nacional de Educação Profissional e Tecnológico e assinado o Termo de Adesão ao Fórum Estadual de Educação Profissional de Sergipe.
Desafios e perspectivas
Durante a realização do segundo dia do Seminário, nesta sexta-feira, 21, palestrantes de outros estados elogiaram o Governo de Sergipe pela criação de políticas públicas e realização de debates sobre educação profissional. As atividades foram iniciadas pelo professor João Monlevade, consultor do Senado, que fez uma conferência sobre ‘O financiamento da Educação Profissional Básica – Fundeb x Fundep: sobreposição ou complementação?’.
"Fiquei muito surpreso com o Estado de Sergipe pelo desenvolvimento de políticas públicas destinadas à Educação Profissional. É importante realizar seminários como esse e debater a importância dessa modalidade de ensino nas escolas com os alunos e pais. A Secretaria da Educação tem demonstrado empenho nesta área, com a criação de Centros Estaduais, cujo objetivo é oferecer conhecimento técnico aos alunos", ressaltou o consultor do Senado.
Mesa Redonda
Após a conferência, foi iniciada a mesa redonda ‘Centros Estaduais de Educação Profissional: Concepção x Implantação’, com profissionais de quatro estados brasileiros. Coordenada pela presidente do Fórum Nacional de Gestores Estaduais de Educação Profissional, Edna Correa Batistotti, a mesa redonda reuniu o coordenador técnico da Escola Paula Souza/SP, Almério Melquíades de Araújo, o diretor presidente do Instituto Dom Moacyr/AC, Irailton de Lima Souza, e o presidente do Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica/CE, Luiz Fernando Caldart.
Segundo avaliação da professora Edna Correa, Sergipe passa por um momento de transformação na educação profissional. "É muito interessante perceber a evolução do ensino profissionalizante na região e ter a certeza de que as necessidades dos cidadãos serão atendidas". Para Edna, o ensino profissionalizante se concretiza pela oferta de cursos destinados ao desenvolvimento econômico e social do município sede e circunvizinhos. "Muito bom saber que o ensino profissionalizante é uma das prioridades da política educacional do Governo de Sergipe. A partir disso, é possível definir ações e sensibilizar a população sobre a importância desse trabalho", falou.
O diretor presidente do Instituto Dom Moacyr, no Acre, Irailton de Lima, destacou a necessidade do ensino profissional. "Cursos profissionalizantes são estratégicos e fundamentais para o desenvolvimento regional. Existe uma demanda por profissionais em áreas técnicas e a formação de pessoas é importante para atender a essas exigências", disse. Ele acrescentou que o Estado está no caminho certo, tomando decisões políticas que favorecem a ampliação e criação de Centros Estaduais de Educação Profissional.
"Este governo tem como prioridade a expansão da matrícula do ensino profissional, destinada aos alunos do ensino médio. Iniciamos também um trabalho de discussão com alunos e pais sobre a importância de cursos técnicos e ampliamos o debate, com realização de Fóruns e Seminários", afirmou a professora Maria Izabel Ladeira, diretora do Departamento de Educação da SEED.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Educação Profissional em Sergipe é debatida em seminário – Foto: José Santana Filho/Educação