Exposição Gravuras de Inverno vai até segunda-feira
A tarde da última quarta-feira, 25, foi especial para muitos jovens das cidades de General Maynard e Moita Bonita. Eles participaram da exposição ‘Gravuras de Inverno’, na Galeria J.Inácio, que reuniu diversas peças produzidas pelos alunos das oficinas de xilogravura ministradas pelo artista plástico Elias Santos. Esta e as próximas exposições agendadas até o fim de setembro têm o apoio do Governo do Estado.
Na abertura da exposição, os novos artistas foram conferir de perto o resultado dos trabalhos desenvolvidos e demonstraram euforia em poder expor o que foi confeccionado em um mês e meio de oficinas. "Não consigo falar o tamanho da minha felicidade em estar aqui vendo a minha peça sendo mostrada para tanta gente. Parece um sonho", contou a jovem Lucineide da Silva, de General Maynard, que garantiu não largar mais os dotes artísticos revelados nas aulas.
Segundo o responsável pelo projeto ‘Gravuras de Inverno’, Elias Santos, expor o resultado de um trabalho fora das cidades onde foram ministradas as oficinas é de tamanha satisfação. "Só conseguimos trazer a exposição para Aracaju graças ao Governo do Estado, que nos deu o suporte. Sem o apoio, o projeto teria ficado no interior", disse Elias.
A exposição na Galeria J.Inácio, na Biblioteca Epifânio Dória, ficará aberta ao público até a próxima segunda-feira, 30, das 8h às 17h. Neste sábado, 28, o horário de funcionamento da Galeria vai até 12h. Em setembro, a exposição vai para o Complexo Lourival Batista, na Galeria Horácio Hora, localizada à rua Laranjeiras, 2037.
A oficina
O projeto ‘Gravuras de Inverno’ foi aprovado pelo Programa BNB Cultural 2007 e tornou possível a realização de oficinas artísticas nas cidades do interior sergipano, como General Maynard e Moita Bonita. Valorizar a cultura popular nordestina, promovendo e estimulando a produção da xilogravura, foi o principal objetivo do projeto.
As oficinas eram destinadas aos estudantes das cidades, mas segundo Elias Santos, muitas pessoas acabaram se envolvendo no projeto. "O nosso objetivo era trabalhar com o maior número de alunos possível. Conseguimos dar aula para quase 100 pessoas. Um resultado muito bom para as nossas expectativas. Já no primeiro dia as vagas estavam todas preenchidas", contou Elias.
A interação e a dedicação que os alunos tiveram durante o período da oficina chamou a atenção. "Todos estavam bastante unidos, uns ajudavam aos outros. Parecia que todos tinham a consciência que precisávamos aproveitar aquela oportunidade para saber o máximo que pudéssemos sobre arte e as características culturais da nossa cidade", contou o aluno da oficina em Moita Bonita, Jorgevânio de Lima.
Valorizando a cultura local
Toda a programação das aulas foi estruturada de forma que os alunos pudessem absorver a realidade artística de cada um e reconhecer as riquezas culturais do município. Em Moita Bonita, o cordelista Zé Antônio ministrou uma palestra sobre a arte do cordel. "Muitos ainda não tinham tido o contato direto com o cordel, uma manifestação artística tão característica da cidade. Com o estímulo dessa relação, eles puderam se reconhecer, identificar a própria natureza deles através das aulas. Nos preocupamos em sempre valorizar a arte local", explicou Elias Santos.
"O bom de tudo é que acabei conhecendo coisas que nunca imaginei que conheceria. Muitos colegas meus fizeram peças dos bacamarteiros da cidade. Aprendemos a valorizar a nossa identidade, as nossas raízes", disse Lucineide.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Exposição Gravuras de Inverno vai até segundafeira – Foto: Janaína Santos/ASN