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Por Jorge Santana – Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe

A queda da taxa de juros, os investimentos do PAC, a expansão do crédito, a recuperação dos níveis de consumo de largas faixas da população e o crescimento das exportações formam um cenário macroeconômico poucas vezes visto na história recente do país, favorecendo sobremaneira o deslocamento do capital financeiro para o investimento produtivo.

Na região Nordeste as condições são ainda melhores, inaugurando-se um ciclo de expansão inédito, com o diferencial de estar ancorado no setor privado. Os números são impressionantes: enquanto o crescimento médio anual da região desde 2001 alcançou 4,2%, o país cresceu 2,3%.  Somente em 2006 o consumo experimentou uma expansão de 8%, podendo chegar a 20% em 2007, segundo analistas. Com uma população de quase um terço da brasileira (52 milhões de habitantes), o crescimento da renda per capita tem servido para atrair muitas empresas, principalmente aquelas ligadas ao consumo de massa (estimativas indicam que desde 2001 cerca de 2000 empresas de médio e grande porte se estabeleceram na região). Cálculos do Banco do Nordeste revelam que os investimentos privados decuplicaram entre 2001 e 2006, passando de R$ 300 milhões para R$ 3 bilhões, com a geração de 1,2 milhão de novos empregos.

Alguns indicadores de Sergipe são ainda mais favoráveis, destacando-se: o PIB per capita (R$ 6.782) é o maior da região, bem acima da média dos Estados (R$ 4.927,00); a formação do PIB (54% da indústria, 39% dos serviços e 7% da agropecuária) comprova o caráter industrial da economia sergipana, com razoável diversidade da indústria de transformação; o crescimento das exportações (somente no primeiro semestre deste ano exportou o equivalente a quase 90% do montante de 2006) com a maior taxa de crescimento do país (225% neste primeiro semestre).

O cenário político também contribui para a alavancagem do investimento privado, particularmente em Sergipe, traduzindo-se em confiança e segurança para o investidor. Os empresários reconhecem e valorizam a ética, a transparência e a participação da sociedade na formulação das políticas, postas em prática pelo governo estadual. O desafio do governo é pegar a onda do crescimento do Brasil e do Nordeste, atraindo investimentos de fora, mobilizando o capital local e organizando os micro e pequenos negócios dispersos em Arranjos Produtivos Locais (APL) por todo o Estado. As diretrizes já estão traçadas no Plano de Desenvolvimento Territorial Participativo que estabelece as estratégias para a interiorização do desenvolvimento e a articulação entre o investimento público e o privado.

A viabilização do investimento privado ainda depende, em regiões como a nordestina, de uma política de incentivos que tenha como principal atrativo a desoneração do ICMS. Há que se considerar, contudo, que novos fatores de atração de investimentos precisam ser identificados ou criados, minimizando os efeitos da chamada “Guerra Fiscal”. A própria realidade econômica da região já justifica a implantação de empreendimentos industriais, principalmente aqueles voltados para atender a demanda por produtos de consumo das classes C e D – como, aliás, vem ocorrendo com intensidade nos últimos anos -, sem a necessidade de incentivos fiscais tão significativos, que chegam a superar 90% de redução do ICMS em vários Estados.

As oportunidades que Sergipe oferece são muitas e alcançam diversos segmentos empresariais, desde a exploração e beneficiamento dos recursos minerais (petróleo, calcário, salgema, argilas, potássio, magnésio etc) até a indústria de transformação tradicional (calçados, agroindústria, têxtil e confecções, construção civil etc). Para as atividades portadoras de futuro, o governo está reestruturando um ambiente de negócios propício e atraente, o Parque Tecnológico de Sergipe, a partir de uma nova concepção e de um redimensionamento do projeto legado, oferecendo as condições para a implantação de empresas de base tecnológica, com ênfase em Tecnologia da Informação, Biotecnologia e Energias Renováveis.

Há que se destacar a oportunidade que se abre para o investimento no segmento do turismo, agora que Sergipe começa a ser descoberto por investidores locais, de outras regiões e de outros países. Os primeiros grandes empreendimentos – Ecoresort da CVC em Aracaju e Complexo da INVI na Barra dos Coqueiros -, estabelecem um ponto de inflexão na curva do crescimento do turismo no Estado.

A combinação deste cenário favorável, onde os ventos sopram a favor, com uma política de desenvolvimento consistente e a disposição de grupos empresarias sergipanos e de fora para o investimento, aponta para um salto qualitativo da economia sergipana, trazendo como resultados riqueza, melhoria de arrecadação,  trabalho e renda para todos no Novo Sergipe.

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