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Texto: Gislene Alencar/Embrapa 

Disponibilizar materiais de mandioca tolerantes à podridão de raiz e com alto potencial produtivo para a região semi-árida de Sergipe. Este é o objetivo dos pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE) que há um ano vêm testando 20 materiais em um experimento implantado em Carira (SE). Na próxima quinta-feira, 18, os produtores terão a oportunidade de conhecer o desempenho destes materiais durante dia de campo que será realizado no assentamento Edmilson Oliveira, em Carira, a partir das 9h. Durante o evento, será feita a colheita dos materiais e a expectativa é que produtores e pesquisadores selecionem algumas variedades de mandioca brava para produção de farinha e fécula para o plantio na região.

A expectativa entre pesquisadores e produtores do semi-árido sergipano é explicada pela carência de materiais tolerantes à podridão de raízes, uma das principais doenças que afeta a cultura da mandioca no Nordeste do Brasil, e de alta produtividade para esta região. Carira é um exemplo. Há cerca de duas décadas, praticamente todo plantio foi extinto por falta de bons materiais. "Estamos tentando mudar este cenário. Os testes realizados aqui beneficiarão também todos os municípios localizados no sertão-ocidental de Sergipe", afirmou o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Hélio Wilson de Carvalho. Outra vantagem é que a parte área da mandioca geralmente é usada pelo sertanejo para alimentar o gado.

Entre os 20 materiais que estão sendo testados, está a variedade Kiriris, que é um híbrido resistente à podridão de raízes e já foi avaliado em diversas regiões obtendo excelentes resultados. Em Sergipe, ela causa perdas de produtividade de até 100%. Em 2006, paralelo ao trabalho com variedade de mandioca brava, os pesquisadores implantaram também um ensaio com dez variedades de aipim (macaxeira) também com o objetivo de selecionar materiais com alta produtividade de raiz e tolerante à podridão de raiz. Entre os materiais testados está Manteiga de Raiz Amarela, que é rica em betacaroteno. 

Os trabalhos já foram ampliados neste ano com a implantação de seis experimentos onde serão avaliados 50 materiais. As pesquisas fazem parte do projeto de Melhoramento de Mandioca para Biofortificação e para a Indústria de Farinha e Fécula, liderado por Wania Fukuda, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, e foram avaliadas pela Rede de Validação de Cultivares de Mandioca para o Nordeste, liderada pelo pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Hélio Wilson de Carvalho. O objetivo do projeto é desenvolver novos clones adaptados aos sistemas de produção em uso pelos agricultores, contribuindo para um aumento de produtividade e qualidade do produto final.

Durante o dia de campo, que está sendo realizado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros – Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – com a parceria do Departamento de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Deagro), haverá degustação e distribuição de manivas da Kiriris e do Lagoão. "Essas duas variedades devem despertar grande interesse aos produtores por causa da resistência à podridão da raiz, no caso da primeira, e da alta produtividade, no caso da segunda", explicou o pesquisador. Ele acrescentou que esses trabalhos são imprescindíveis, principalmente, para os agricultores familiares.  O dia de campo conta com o patrocínio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Prefeitura de Carira, Banco do Brasil e Banco do Nordeste.

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