Adolescentes da Fundação Renascer expõem trabalhos no Arraiá do Povo
Porta-retratos, objetos decorativos, luminárias são alguns dos produtos que vão ficar expostos até o dia 30 de junho no estande da Secretaria de Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), no Arraiá do Povo, na Orla de Atalaia. Todo o material à venda foi feito pelos adolescentes das unidades de medidas sócio-educativas da Fundação Renascer. É o projeto Mãos em Arte, que foi lançado na última sexta-feira, 15, pela Seides, através da Fundação.
"Este é um programa de inclusão produtiva para os jovens de nossas unidades de medidas sócio-educativas. Nós estamos aprimorando o que eles já sabiam, como a arte do origami, e queremos ampliar isso e poder gerar renda para eles", explicou Conceição Souza, presidente da Fundação Renascer. "Os adolescentes, junto com os educadores, decidiram que a renda dessa primeira exposição será investida em material para novos trabalhos. A partir das próximas, os valores arrecadados serão aplicados em cadernetas de poupança individuais tuteladas pela Fundação", acrescentou Conceição.
"O projeto é muito importante, pois valoriza o ser humano e mostra aos adolescentes que existem outros caminhos e saídas para chegar a uma condição de vida melhor", disse o secretário adjunto de Justiça e Cidadania, tenente-coronel Henrique Rocha.
"Muitos de nossos adolescentes já conheciam a arte do origami e outras técnicas. Agora, com a professora Ilma, estamos potencializando o talento e o conhecimento dos meninos e dando mais qualidade ao resultado final dos trabalhos. Com esta exposição, queremos mostrar o talentos dos nossos adolescentes e alertar a sociedade de que ela precisa acolhê-los e apoiá-los para uma efetiva ressocialização", disse Ana Lucia Menezes, secretária de Inclusão Social.
Origami
O origami é uma arte japonesa de obter formas e objetos com dobraduras em papel. Ela é uma arte presente entre os adolescentes das unidades sócio-educativas da Fundação Renascer – Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), Unidade de Internação Provisória, Unidade de Semi-liberdade e Unidade Feminina. "É quase uma tradição. Todos os meninos que passam por nossas unidades aprendem esta arte, ensinada por eles mesmos. Os novos internos aprendem com os antigos a dominar a arte de dobrar papel. Eles fazem questão desta atividade", axplicou a arte-educadora Ilma Maria Santos.
"Este é um trabalho recompensador. É muito bom andar pelas alas e ver os garotos trabalhando, com afinco, cuidado. Eles são muito atenciosos e se sentem orgulhosos de seus trabalhos", comentou Ilma. "Mas também é um trabalho com algumas limitações. Não podemos utilizar qualquer ferramenta, qualquer tipo de material, além de a arte em si ser cara. As obras de palitos de picolé ainda não foram finalizadas porque a cola especial para este trabalho está em falta no mercado", acrescentou.
A exposição do Projeto Mãos em Arte fica no Arraiá do Povo até o dia 30 de junho, das 18h até a meia-noite. "Nós vamos também tentar outros espaços, como feiras e exposição para vender o material dos garotos e gerar renda para eles", disse Conceição Batista, presidente da Fundação Renascer. "Além disso, queremos que eles tenham também a carteira de artesão, garantindo uma profissão para eles", concluiu Ilma.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Adolescentes da Fundação Renascer expõem trabalhos no Arraiá do Povo – Foto: Edinah Mary/Seides