[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Na cidade sergipana de Estância, localizada a 68 quilômetros de Aracaju, deverá começar a operar, já no mês de julho desse ano, a primeira plataforma redonda de petróleo do mundo, a Sevan Piranema. O início do processo de saída da unidade, que está ancorada na Base Naval de Aratu, em Salvador, deve começar no fim de maio e início de junho. A plataforma é uma unidade flutuante de produção, estocagem e escoamento de petróleo (FPSO). A assinatura do contrato entre a Petrobras e o Grupo Sevan Marine, da Noruega, ocorreu em abril de 2005, em Sergipe, na gestão do então presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra.

A plataforma ficará alugada à Petrobras por um período de 11 anos. A estrutura, que representa um investimento de quase US$ 1 bilhão da Petrobras, possui uma capacidade de produção de 30 mil barris de óleo por dia, 3,6 milhões de metros cúbicos/dia de gás e estocagem de 300 mil barris.

Com a assinatura do contrato para a plataforma, a Petrobras iniciou o aporte dos investimentos no Campo de Piranema. O trabalho de elaboração dos projetos e de estudos e os investimentos necessários para a aquisição dos equipamentos e a montagem da plataforma foram iniciados enquanto José Eduardo Dutra era presidente da Petrobras. "O então presidente José Eduardo Dutra conseguiu convencer à diretoria que autorizasse todos os investimentos possíveis no projeto", disse o governador Marcelo Déda.

Com a instalação da plataforma de Piranema, Sergipe vai recuperar seu papel importante na produção de petróleo no país. Este fato já havia sido destacado na assinatura do contrato entre a Petrobras e a Sevan por José Eduardo Dutra. "Sergipe vai ter um aumento de 50% na sua produção de petróleo. Há algum tempo, a gente ouvia falar que a Petrobras ia reduzir os investimentos em Sergipe. Com esse novo campo, o nosso Estado retoma a sua importância entre os estados produtores de petróleo", disse Dutra à época.

Com a instalação do Campo de Piranema, localizado em águas profundas a 35 quilômetros da capital, a produção de Sergipe deverá pular de 44 mil barris/dia para 74 mil barris/dia. Isso colocará o Estado à frente da Bahia, que tem uma produção diária de 49 mil barris/dia. A produção também renderá a Sergipe R$ 5 milhões em royalties por mês.

Montagem

A plataforma Sevan Piranema será instalada em lâmina d’água de 1,1 mil metros. O seu projeto de construção teve início em janeiro de 2004 e foi realizado em duas fases, uma na China e outra na Holanda. Em território chinês, no estaleiro Yantai Raffles, foi fabricado o casco. Na Holanda, no Keppel Verolme, foi executado o trabalho de integração e instalação dos módulos da planta de processo.

O formato cilíndrico duplo da Piranema confere maior estabilidade à plataforma, que fica menos vulnerável aos impactos das condições de mar e vento. Essa estrutura possui uma grande flexibilidade de operação, podendo ser removida com facilidade para outros campos. A unidade deixou a Holanda rumo ao Brasil no dia 29 de janeiro e chegou na Bahia no dia 1° de março.

Alta qualidade

Na plataforma será produzido óleo do tipo leve, mais valorizado no mercado pela sua facilidade de refino. Esse alto padrão de qualidade só é encontrado em alguns locais do mundo, como o Golfo Pérsico. A maior parte do petróleo encontrado no Brasil é pesado, como na bacia de Campos, no Rio de janeiro.

Cerca de 50 profissionais estão trabalhando no local, além das 63 pessoas embarcadas. Quando estiver em Sergipe, a plataforma ficará interligada a seis poços, três produtores e três injetores, e produzirá um óleo leve, considerado de excelente qualidade.

 

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.