Alunos da rede municipal não esqueceram as lições ensinadas pelos idosos
O projeto aconteceu em 2005, quando dez idosos estiveram nas escolas municipais Presidente Vargas, Jaime Araújo, Dom Vicente Távora, Olga Benário, Oviêdo Teixeira, Alcebíades Melo, Diomedes dos Santos Silva, José Carlos Teixeira, Sabino Ribeiro e Sergio Francisco, dando depoimento sobre suas vidas, o quanto lutaram em busca da sobrevivência, sustento da família e melhorias sociais. O objetivo principal deste projeto foi despertar nos jovens a consciência de que todos têm sua história de vida e que os idosos devem ser respeitados.
“Foi maravilhosa a oportunidade das crianças terem ouvido as declarações de dona Benedita, pois desde então passaram a respeitar mais a terceira idade, tiveram consciência de que não devem tirar chacota dos idosos, mas respeitá-los e ajudá-los”, ressaltou a coordenadora pedagógica da Jaime Araújo, professora Wilza Alves de Menezes. Ela lembrou ainda que as comparações feitas por Benedita, do que acontecia na época em que era jovem e a atualidade, foi outro aspecto que chamou muito a atenção dos alunos.
“Eles questionaram muito, principalmente sobre o trabalho infantil, a educação e as questões sexuais daquela época, como isto tudo era tratado pelos pais, pela sociedade”, comentou Wilza. Para Benedita Menezes da Silva o reencontro com os alunos da EMEF. Jaime Araújo durante o final da tarde desta quinta-feira, durante a festa de lançamento do livro “Minha vida tem história II”, no Iate Clube de Aracaju foi outro maravilhoso presente.
“Quisera eu poder voltar sempre à escola para conversar com eles, que foram tão gentis, tão amáveis comigo. Falar da minha vida não é algo tão fácil ou prazeroso, mas sei que ajuda muita gente a mudar de pensamento com relação à velhice”, declarou Benedita. Para a secretária municipal da Educação, professora Tereza Cristina Cerqueira da Graça, a segunda edição do projeto foi um sucesso, principalmente por ter feito com que a voz do passado ecoasse no presente.
“Mais do que isso, em tempos de culto ao corpo e à juventude e, portanto, de desprezo e rejeição ao velho, oportunizou o despertar de uma nova consciência entre crianças e jovens, consciência pautada na valorização do idoso enquanto portador de saberes forjados na luta pela sobrevivência e na construção da história de uma coletividade”, declarou a secretária.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Alunos da rede municipal não esqueceram as lições ensinadas pelos idosos – Fotos: Walter Martins