[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Com benefícios do Programa Bolsa Família atingindo 26.794 famílias, Aracaju alcança a marca de 96% de cobertura do universo de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza na capital sergipana, conforme estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com informações da secretária Rosária Rabelo, da Assistência Social e Cidadania (Semasc), a perspectiva é que a Prefeitura de Aracaju, em parceria com o Governo Federal, amplie a concessão deste benefício até o final do ano, de forma que todas as famílias que vivem abaixo da linha de pobreza na capital, indicadas pelo IBGE, sejam contempladas com o Programa.

Em Aracaju, o Bolsa Família é gerenciado pela Semasc e, inclusive, já proporciona bons frutos a famílias que antes viviam em extrema pobreza na capital sergipana. Criado por iniciativa do Governo Federal, o Bolsa Família tornou-se, no país, um dos maiores programas de geração de renda e de referência internacional. Entre os beneficiados o clima é de euforia por participar de um programa tão eficaz quanto é o Bolsa Família. A dona de casa Balbina Moura Figueiredo, 63, uma das contempladas, não escondeu a emoção no momento em que recebeu da Prefeitura de Aracaju o seu cartão magnético que lhe dá acesso ao benefício. “Estou muito feliz”, comemorou. “É uma grande ajuda pra minha casa. Sem dúvida, esse Programa está beneficiando muita gente e eu sou uma dessas pessoas”, comenta Balbina.

Para Júlia Márcia de Jesus, 27, que trabalha catando lixo para alimentar seus seis filhos, essa ajuda veio numa boa hora. “Fiquei surpresa quando recebi a carta na minha casa dizendo que fui contemplada. Esse dinheiro vai me ajudar bastante a criar os meus filhos”, observa. Júlia já faz planos de investimentos. “Vou ajeitar minha casa, comprar comida, farda e material escolar para meus filhos. Eu só tenho a agradecer a Deus por essa oportunidade”, afirma.

Prêmio

Em Aracaju, o Bolsa Família está garantindo dignidade, esperança e autonomia financeira a famílias em extrema pobreza. Dezenas de famílias foram beneficiadas pelo Programa e não mais recebem o benefício porque conseguiram autonomia e independência financeira. Ou seja, incentivadas pelas ações complementares realizadas pela Semasc com foco no empreendedorismo, criaram seus próprios negócios.

Conseqüência deste perfil no gerenciamento do programa e pelas ações complementares e práticas de estímulo à geração de renda para proporcionar autonomia e independência às famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, a Semasc recebeu o Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Bolsa Família, concedido recentemente pelo Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome (MDS) às melhores experiências reconhecidas em dez municípios brasileiros.

O Programa de Inclusão Produtiva, que atende a quase 2 mil famílias que antes viviam em extrema pobreza, incentivou dona Matilde Lemos de Souza, uma simples dona de casa com três filhos, a ter renda e negócios próprios. Sendo uma das alunas do Curso de Produção de Alimentos, dona Matilde decidiu sair da condição de dependência para caminhar com suas próprias pernas no mundo dos negócios, criando a Confeitaria Sagrada Família, inaugurada no dia 18 de maio deste ano no bairro Lamarão. “Para mim, esta foi uma oportunidade maravilhosa”, resume a comerciante. “Eu só sabia fazer bolos, não tinha esta técnica toda de profissional que aprendi no curso”, complementa.

Matilde iniciou as aulas no curso e, aos poucos, foi descobrindo o seu potencial para os negócios. No início ela começou a vender as guloseimas que produzia em casa. Aos poucos, o negócio foi crescendo e, efetivamente, ela decidiu fazer um investimento maior formando uma sociedade com a amiga Kátia Silva para colocar em prática o seu grande sonho de criar um negócio próprio e ter autonomia financeira. “Nossos maridos confiam em nosso trabalho e sempre que possível ajudam a gente”, conta Matilde. “É muito gratificante. A partir desse curso da Semasc, a minha vida mudou. Agora estou sempre sorridente e eu sei que é difícil começar, mas eu tenho força de vontade e não desisto no meio do caminho”, confessa Matilde, cheia de ânimo.

A Confeitaria também fez com que Matilde se tornasse exemplo de perseverança para os filhos. “Tenho muito orgulho do que ela fez. Acho que ela é muito batalhadora, por isso, sempre que posso, tento ajudar”, destaca Hudson Raimundo de Souza, de 13 anos, um dos filhos. Kátia Silva, parceira de Matilde no empreendimento, é mãe de dois filhos e confessa-se realizada. “Sempre foi meu maior sonho ter meu próprio negócio”, comenta. “É muito bom investir na gente. É difícil, mas também é muito bom quando chega no final do dia e vemos tudo aquilo que fizemos. Isso é que é realização”, completa.

Parcerias

Para ampliar as ações em benefício das pessoas atendidas pelo Bolsa Família, a Semasc firmou parcerias com Organizações Não Governamentais, como a Missão Criança Aracaju, Instituto e Creche Menino Jesus, Oratório de Bebé e Centro de Integração Raio de Sol, onde foram formados diferentes Grupos de Produção, que já fornecem produtos em larga escala para grandes empresas do porte da Petrobras.

Na Missão Criança, as famílias participam do curso de Corte e Costura e, ali, têm acesso a informações teóricas e práticas sobre modernas técnicas, como o Pachwork, por meio do Projeto Resgatando a Cidadania, também financiado pela Petrobras.

Para Maria Laurindo da Silva, mãe de sete filhos, a oportunidade de fazer um curso profissionalizante foi determinante em sua vida. “Mudou muito a minha vida”, diz. “Eu agora tenho como sustentar meus filhos porque aumentou a minha renda e agora não vivo do Bolsa Família”, comemora Maria. Além do Curso de Corte e Costura, as mulheres que participam da Oficina também recebem aulas de empreendedorismo e são preparadas para a gestão do próprio negócio ou para a formação de cooperativas associativas. “Eu me sinto muito feliz e orgulhosa do meu trabalho, principalmente porque as pessoas gostam e compram muito”, afirma Maria. “Sonho agora em abrir meu próprio negócio”, complementa, deixando para trás um passado marcado por grandes dificuldades econômicas para sustentar seus filhos.

Além do retorno financeiro que os cursos proporcionam, o Programa da Semasc tem como principal característica a melhoria da qualidade de vida das famílias que participam dos cursos profissionalizantes. Marinilde Almeida, de 33 anos, é mãe de três crianças e já comemora a transformação que o curso proporcionou em sua vida. “Antes eu era triste, agora parece que me achei. Aqui temos novas amizades, aprendemos muito e, saindo deste projeto como uma profissional, posso até trabalhar numa fábrica. Eu adoro fazer este curso, me identifiquei demais com a costura e tenho muita felicidade em ver as coisas que fiz”, avalia Marinilde. “Eu sou sozinha para criar meus três filhos e tinha muito problema para criar eles porque eu era desempregada. Meus filhos tinham que trabalhar para me ajudar. Agora tudo mudou: eles estudam e freqüentam o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil)”, comemora Marinilde.

Elda Pereira de Oliveira, que integra um dos Grupos de Produção, revela que a aprendizagem trouxe grandes mudanças em sua vida em um período bastante curto: apenas quatro meses. “Estou me sentindo útil. Estou me aperfeiçoando a cada dia e quero juntar um dinheiro para comprar uma máquina e trabalhar em casa, fabricando minhas peças”, destaca Elda, que sustenta seus dois filhos com o rendimento proporcionado pela comercialização das peças fabricadas no grupo de produção criado pela Semasc em parceria com o Instituto e Creche Menino Jesus. “Pela primeira vez na minha vida me sinto independente. Adoro fazer os modelos de vestidos que vejo nas revistas e vendê-los. Tenho tanto orgulho do meu trabalho”, comemora Elda.

Maria Terezinha de Jesus tem 46 anos e também sustenta sozinha os sete de seus dez filhos com os recursos oriundos das vendas dos produtos produzidos no Grupo do Instituto e Creche Menino Jesus. Revitalizada com as aulas que recebe no curso, voltou à escola e está estudando com muita força de vontade. “Eu sou pai e mãe dos meus filhos e sempre que meus netos precisam também ajudo com este dinheiro”, revela. “Depois desse curso de costura, minha vida melhorou bastante porque agora tenho dignidade para sustentar a minha família e tive coragem para voltar a estudar. Já estou até conseguindo aprender a ler”, resume Terezinha, demonstrando felicidade.

Maria de Lurdes Barbosa, 49, era pescadora e, por meio do curso, também encontrou estímulo para voltar à escola. “Além de produzir minhas coisas aqui, também faço costuras em casa para vender”, revela, orgulhosa. “Me sinto tão realizada que tive até coragem para terminar meu curso de alfabetização. Agora já sei ler e escrever”, comenta, com satisfação a ex-pescadora.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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