Semasc descobre grandes talentos entre jovens atendidos por programas sociais em Centro de Referência
Alguns jovens do bairro Industrial, que antes não vislumbravam oportunidades de ingresso no mercado de trabalho, descobriram-se artistas plásticos na Oficina Pedagógica promovida pela Semasc no Centro de Referência da Assistência Social D. Luciano Cabral Duarte, que funciona naquele bairro. O curso foi iniciado há sete meses para atender as necessidades das comunidades do bairro e adjacências e já revelou grandes talentos, a exemplo de Sheillin Gonzaga, 19, e Gederson Cruz, 14, que agora expõem suas obras no Mirante da Praia 13 de Julho.
Para o jovem Sheillin Gonzaga, o curso tem lhe proporcionado grandes oportunidades de conhecimento. “Este curso para mim foi ótimo”, resume. “Sempre tive vontade de pintar telas e, a partir desse curso, eu aprendi as técnicas. A arte me deixa mais calmo, porque sou bem agitado”, observa.
Para o adolescente, esta exposição é fruto de um intenso trabalho. “É um caminho difícil, pois as técnicas não são fáceis. Mas ver aquele trabalho pronto é uma recompensa muito boa”, complementa Sheillin. “No Estado, não há muito incentivo à cultura e por isso esta exposição é muito boa não só para nós que almejamos vender nossa obra, mas também para a população em geral, que pode ter acesso à arte”, analisa.
Sheillin apresentou um bom desenvolvimento nas aulas e já teve a oportunidade de se transformar em agente multiplicador de conhecimentos na condição de instrutor em um curso de pintura. “A experiência que tive (no Centro de Referência) foi muito boa e, pela primeira vez, me vi do outro lado: ao invés de aluno, instrutor. Foi difícil lidar com as pessoas no início, mas depois consegui”, comemora o jovem.
Gederson Cruz, que tem a pretensão de se transformar em um profissional nas artes plásticas, também não esconde a satisfação em participar da exposição. “Esta exposição é uma boa oportunidade para eu demonstrar a minha arte, pois sempre gostei de desenhar e, com o curso, pude conhecer as diferentes técnicas que existem para pintar”, comenta. “No início eu achava que era fácil, mas aí pude ver o trabalho que dá fazer um quadro. É muito orgulho estar num local como este expondo meus trabalhos. Eu pretendo ir mais longe”, confessa o jovem, timidamente. “Eu gostaria muito de fazer uma exposição só com meus trabalhos. Pretendo expor em muitos lugares, até fora do Estado, se possível”, confessa.
A assistente social Yolanda Oliveira, coordenadora de Proteção Básica da Semasc, explica os objetivos das ações realizadas pela Semasc para atender aos jovens nos bairros mais populares da cidade. “Estamos fazendo da arte-educação uma forma de inclusão social e descobrindo nesses jovens talentos às vezes adormecidos, dando-lhes também a oportunidade de se profissionalizar, entrar no mercado de trabalho e mostrar a diversidade de sua arte”, observa Yolanda. “A Semasc está democratizando a arte para aqueles que não têm acesso a cursos como este, que em geral custam muito”, complementa a assistente social.
O arte-educador Dioney Carvalcante, instrutor do curso, analisa que, a partir das aulas na Oficina Pedagógica, os alunos têm contato com técnicas de acrílico sobre tela e desenho com o objetivo de refletir e estimular a compreensão e o pensamento crítico da pluralidade cultural do país, a partir da releitura de telas de artistas consagrados.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Semasc descobre grandes talentos entre jovens atendidos por programas sociais em Centro de Referência – Fotos: Ascom/Semasc