[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Pães, orações, pedidos por um amor ou um casamento. Essas são coisas que caracterizam as trezenas de Santo Antônio e que podem ser encontradas na 6ª Exposição de Altares de Santo Antônio, que está aberta ao público no Centro de Cultura e Arte da Universidade Federal de Sergipe (Cultart/UFS) até o próximo dia 30. 13 altares, montados por 13 instituições diferentes, compõem a exposição em homenagem ao ´santo casamenteiro´ e ´santo dos pobres´.

Como parte do evento, acontece a trezena de Santo Antônio. Cada instituição que montou um altar ficou responsável por um dia da trezena, que começou no dia primeiro e termina no dia 13, dia do santo. Na última quinta-feira, dia 8, foi o dia da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Funcaju), representada pela Escola Oficina de Arte Valdice Teles. A reza foi feita pelo Grupo Marujada, do Povoado Alagadiço, município de Frei Paulo.

Segundo o coordenador da exposição e diretor do Cultart, Otávio Luiz, esta exposição é uma forma de reforçar a tradição dos altares e das rezas, muito comum entre as famílias nordestinas. “Eu organizava esta exposição na Bahia, quando eu morava lá e faço, aqui em Aracaju, há seis anos. Dois professores, que faziam a exposição comigo na Bahia, hoje montam este trabalho em Valencia, na Espanha”, disse o coordenador.

“A Funcaju não poderia recusar um convite como este, uma oportunidade de reforçar e valorizar a cultura nordestina, tão rica e tão forte”, disse Maria Carneiro, diretora da Escola Oficina de Arte Valdice Teles. O altar da Fundação traz elementos tradicionais, como palha e cipó, e os três santos juninos: Santo Antônio, São João e São Pedro. O Cultart fica à avenida Ivo do Prado, 612, e funciona das 8 às 12 horas e das 13 às 18 horas.

Marujada

O Grupo de Zabumba e Pífano Marujada foi responsável pelas atividades de noite de quinta-feira. Ele é composto por 50 pessoas, entre crianças, jovens e idosos. “Esta é uma tradição de mais de 150 anos. Conseguimos envolver os jovens e perpetuar a tradição, passando de pai para filhos”, explicou Josefa Alves da Silva, coordenadora do grupo.

Segundo ela, as novenas a Santo Antônio e Nossa Senhora da Conceição é tradição em Alagadiço. Josefa conta que o Povoado e a tradição surgiram de uma promessa que dona Angélica fez a Nossa Senhora da Conceição para que o marido, João Sabino, escapasse da Guerra de Canudos. Na região, havia apenas uma casinha, onde pediram abrigo e ficaram escondidos.

A partir daí, o Povoado começou a se formar e, todos os anos, os moradores fazem a novena a Nossa Senhora da Conceição, no mês de dezembro, e a Santo Antônio, no mês de junho, com direito a quadrilha, zabumba, pífanos e fogos. Hoje, o povoado Alagadiço tem mais de 3.500 habitantes, mais de 1.600 votantes, que pleiteiam a elevação do local à categoria de cidade.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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