[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Só quem já morou em palafitas sobre o mangue, sob o risco constante de incêndios, desabamento, enchente e doenças sabe o real significado do Projeto Integrado Coroa do Meio, inaugurado pela Prefeitura de Aracaju no último dia 30 de março. A obra devolveu a cidadania a milhares de pessoas na medida em que retirou 650 famílias de barracos para casas dignas de alvenaria com esgotamento sanitário e água encanada; abriu a nova avenida Desembargador Antônio Góis com ciclovia e iluminação; drenou e pavimentou mais de 11km de vias, reformou o Terminal de Ônibus da Atalaia, desafogou o trânsito com o recapeamento da avenida Beira Mar e a construção de uma rótula, e revitalizou o mangue.

O pintor-letrista em silkcreen Ivan Alves da Silva, que há seis anos morava numa palafita sobre o mangue e viu sua primeira filha, Fênyx Silva, nascer no local, não esconde sua alegria com a obra. “Eu já tinha alguns clientes, mas agora a coisa melhorou não foi nem 100%, foi 1000%!”, disse. Hoje dono de uma das casas mais coloridas da região, Ivan disse que depois de divulgar seu trabalho na fachada da própria residência a clientela aumentou muito.

“A gente agora vive bem melhor porque os clientes podem chegar até aqui de carro pra encomendar as coisas, eu tenho um espaço bom para trabalhar”, disse ele, que acabou de comprar um aparelho novo de som com o acréscimo em sua renda. Segundo Ivan Silva, não há nada melhor do que a tranqüilidade de morar num lugar seguro. “A gente já teve que socorrer algumas vezes nossa filha quando ela escorregava e caía na maré. Graças a Deus nunca aconteceu nada mais sério, mas hoje a gente dorme sossegado”, acrescentou.

A bicicleta é um dos mais importantes meios de transporte para milhares de trabalhadores aracajuanos e nos últimos cinco anos a prefeitura da cidade já inaugurou mais de 13 quilômetros de ciclovias. Deste total 2,6km estão na nova avenida Des. Antônio Góis, que liga o Terminal de Ônibus da Atalaia à rua Urbano Neto, nas proximidades do farol da orla. “Era uma dificuldade andar por essa região porque a gente tinha que ir pelas ruas mais estreitas dividindo o espaço com os carros, os caminhões. Era muito perigoso”, contou a empregada doméstica Josiane Santos.

Todos as manhãs, quando sai para trabalhar, ela deixa filha na casa de dona Urânia Souza, madrinha da criança. “Antes ela ficava no barraco porque minha comadre morava na palafita. A gente tinha medo de acontecer alguma coisa, mas agora é muito mais tranqüilo porque ela fica numa casa dessas novas que a prefeitura fez”, disse Josiane, que faz o trajeto pela ciclovia quatro vezes por dia. “Não podia ter coisa melhor pra gente da Coroa do Meio do que essa obra. Agora está tudo iluminado, seguro, e as pessoas não ficam mais no meio do lixo nem do mangue correndo o risco de adoecer”.

Mais saúde, segurança, conforto e auto-estima elevada. É assim que a dona de casa Elisângela Ribeiro resume as transformações na vida da comunidade da Coroa do Meio depois da realização do projeto integrado. “Eu cansei de ver as pessoas passando para os barracos com água na cintura porque a gente não tinha saneamento e o esgoto era a céu aberto”, explicou ela, que não morava com seu marido numa palafita, mas foi indenizada para a construção da obra e disse estar mais feliz com a nova casa.

“A casa que a gente morava era a única de alvenaria no quarteirão. Ao redor só tinha os barracos e hoje a gente vê o povo feliz. A nossa vida também melhorou muito com a obra porque não tem mais o comércio de drogas nas palafitas e a polícia pode fazer a segurança da gente”, afirmou Elisângela, que está construindo o muro de sua nova casa. Segundo ela, o povo já está mais consciente e evita jogar lixo no maguezal. “Ainda tem gente que joga o lixo aqui, mas já diminuiu muito até porque todo mundo se preocupa em preservar o que foi feito. Essa obra é boa pra todo mundo e a gente tem que cuidar”, alertou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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