[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), divulgou que em 2002, 76% dos estudantes universitários que estavam se formando naquele ano eram brancos, dado que segundo Ceres Marisa Silva, professora de projetos do Centro de Estudos Afro-orientais da Bahia (Ceafro), órgão ligado à Universidade Federal daquele Estado, prova o quanto é grande a discriminação racial no Brasil.

Por conta deste percentual, Ceres defende a necessidade da implantação das cotas para negros nas universidades brasileiras, como forma de dar mais condições de acesso a um público que representa mais de 50% de toda a população brasileira. “Isto se torna necessário para que haja um equilíbrio, para dar mais condições aos afrodescentes, já que o país nunca desenvolveu as ações afirmativas necessárias para acabar com a discriminação racial”, enfatizou.

Este foi um dos temas abordados junto aos educadores e alunos da rede municipal de ensino hoje pela manhã, durante a palestra sobre “Relações inter-raciais no Brasil e cotas nas universidades”, ministrada por Ceres no auditório do Sindpema, localizado na rua Carlos Correia, no bairro Siqueira Campos.

A secretária municipal de Educação, Rosangela Santana, e membros de grupos que trabalham a temática do preconceito racial em Sergipe também estiveram presentes. A palestra foi uma realização da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e faz parte do calendário das atividades em comemoração ao “Dia internacional de luta contra o racismo”, ocorrido ontem, dia 21. Ceres também falou sobre a importância da Lei Federal publicada no ano passado, que institui a obrigatoriedade do ensino da história da África nos currículos escolares.

“Em Salvador já fazemos um trabalho de formação dos educadores para que trabalhem o tema em sala de aula. Começamos em 2001, portanto antes da lei ser publicada. Nesses três anos já formamos professores de 12 escolas em Salvador, numa parceira com a secretaria municipal de Educação”, comentou. O Ceafro montou um kit sobre o assunto que é composto por fotografias, livros didáticos, CD com músicas e um VT, que é utilizado pelos professores em sala de aula.

“Poderemos utilizar este kit como suporte para um que iremos construir ao longo deste ano. O nosso será montado por professores da rede, estudiosos da cultura negra no Estado, pessoas que trabalham com esta questão. Mas até ficar pronto, estaremos discutindo o assunto mensalmente por meio de palestras, eventos ou seminários”, garantiu a secretária municipal de Educação, Rosangela Santana.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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